Home Audiência Pública debate estacionamento rotativo na terça-feira

Audiência Pública debate estacionamento rotativo na terça-feira

Última atualização 11 de julho de 2014 - 10:25:39

A Cãmara de Vereadores de São Miguel do Oeste promove uma audiência pública na próxima terça-feira, dia 15. Na pauta do evento que acontece a partir das 20h, no plenário da Cãmara de Vereadores, está o projeto de lei do Executivo Municipal que trata do estacionamento rotativo no centro da cidade. O projeto encaminhado no dia 14 de maio ao Legislativo tem gerado muitas controvérsias e está sendo analisado pelo vereadores.

Na audiência pública, as entidades poderão apresentar seus posicionamentos quanto ao projeto, que está baixado nas comissão de Obras e Serviço Público e de Finanças e Orçamento na Cãmara de Vereadores. Conforme a relatora das comissões, vereadora Cristiane Zanatta (PMDB), foi feito um trabalho de preparação para a Audiência. Ela explica que nos últimos dias os vereadores integrantes das comissões se reuniram com diversas entidades, desde Acismo, CDL, até associação de moradores.

Conforme a vereadora, nas visitas foi orientado para que as entidades se mobilizassem, estudassem o projeto e emitissem seu posicionamento via ofício. Cristiane entende que esse trabalho também serve para o fortalecimento dos futuros votos dos vereadores quando o projeto entrar em votação. A vereadora convocou a população para que participe da audiência.

CDL quer implantação, mas sugere reavaliação de alguns pontos na lei

Uma das entidades que participará da Audiência Pública é a Cãmara de Dirigentes Lojistas (CDL), que defende a implantação do Estacionamento Rotativo. Segundo o presidente da Entidade, Edenilson Zanardi, o apoio é por considerar o rotativo um fator fundamental para melhorar o deslocamento dos clientes na área central, e consequentemente alavancar as vendas do comércio lojista.

De acordo com Zanardi, apesar de defender a implantação, a CDL sugere que pelo menos cinco pontos do projeto sejam reavaliados. Um deles é com relação aos horários. “A CDL está de acordo com os horários estabelecidos no projeto de segunda à sexta feira, porém julga desnecessário estender até as 13h aos sábados, podendo o mesmo ser estendido no máximo até as 12h”, explica.

Um segundo ponto é com relação às tarifas para vaga no estacionamento rotativo. Segundo a Entidade, o preço sugerido pelo projeto é extremamente alto, comparado a outras cidades como Joaçaba, onde o valor cobrado é de (R$ 0,60 por hora) e Concórdia (R$ 0,90 por hora), ambos atualizados recentemente e com validade para dois anos sem reajustes. “Sugerimos que as tarifas sejam de no máximo R$ 0,50 por 30 minutos e R$ 1,00 por hora”, aponta.

Rotativo é o 1º passo para outras mudanças no trãnsito

O estacionamento rotativo faz parte de um projeto de mobilidade urbana do Executivo Municipal, o qual foi editado a partir de um estudo de três meses de uma empresa especializada. Em maio a reportagem do Gazeta Catarinense conversou com o vice-prefeito, Wilson Trevisan, que detalhou projeto. Segundo ele, o intuito do governo municipal é colocá-lo em prática por etapas, obedecendo a um cronograma. Conforme ele, o projeto de Mobilidade Urbana consiste em três aspectos principais.

O primeiro deles é o do estacionamento rotativo, que se for aprovado no Legislativo, será posto em prática por uma empresa terceirizada. O segundo aspecto do projeto de Mobilidade Urbana é a de melhoramento do fluxo, com a entrada das vias de mão-única e outras alterações, que também devem ser discutidas com a comunidade, segundo Trevisan. O terceiro aspecto, consiste na implantação de um terminal rodoviário, com linhas de transporte coletivo dos bairros até um ponto específico no centro da cidade.

Problemas do trãnsito perpassam anos

Nos últimos cinco anos as matérias jornalísticas referentes aos problemas de trãnsito e estacionamento no centro vêm ganhando muito espaço nos veículos de comunicação locais. Desde 2009 são buscados registros das primeiras discussões sobre a implantação do estacionamento rotativo. Além disso, vários estudos sobre o trãnsito no centro da cidade já foram feitos. Um deles, inclusive, foi elaborado pelo engenheiro de trãnsito Rui Pires, ainda no segundo mandato de João Carlos Valar, entre 2004 e 2008, mas até o momento, o problema ainda não foi solucionado.

deixe seu comentário