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Assaltantes voltam a atacar bancos e assustar cidades de SC

Última atualização 6 de maio de 2015 - 10:36:35

DivulgaçÃo/Atual FM/ND Oeste
Três anos depois de uma onda de assaltos a bancos no Estado, o interior catarinense volta a sentir o terror de quadrilhas fortemente armadas, que sitiam pequenas cidades, rendem pessoas e atiram contra os poucos policiais militares existentes.
O alvo desta vez foi uma agência do Banco do Brasil de Seara, no Oeste, e os assaltantes nÃo buscavam apenas o dinheiro dos caixas eletrônicos e sim milhões de reais guardados no cofre principal abastecido dias antes por três carros fortes e que seria usado para o pagamento de empresas da regiÃo.
O valor roubado pela quadrilha nÃo foi divulgado oficialmente. O delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Artur Nitz, disse que os ladrões nÃo conseguiram abrir o cofre principal e levaram R$ 80 mil.
Na Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), que investiga o assalto, a informaçÃo do diretor, Akira Sato, e do delegado Anselmo Cruz, da DivisÃo de Roubos e Antissequestro), é de os bandidos nÃo conseguiram levar dinheiro do banco.
Na mesma noite, no Sul, criminosos explodiram caixas eletrônicos de duas agências em SangÃo (Bradesco) e Morro da Fumaça (Banco do Brasil).
O DC apurou que nos últimos dias aconteceram oito ataques a banco em SC e um total de 19 desde o começo do ano, numa açÃo continuada que mais uma vez desafia a polícia a identificar e prender os bandos.
— O poder de fogo deles (bandidos) é grande. Mas é uma questÃo de tempo e oportunidade para prendê-los — assegurou o delegado-geral.
A Secretaria de Segurança Pública ainda nÃo divulgou nenhum plano específico para combater o avanço desses crimes violentos.
A dimensÃo do ataque em Seara e o cenário de crimes semelhantes que vêm acontecendo — e que podem estarem sendo praticados por uma mesma quadrilha — chegaram ao governo do Estado.
Em entrevista no Centro Administrativo, em Florianópolis, após uma reuniÃo também sobre violência com empresários e políticos de Criciúma, no Sul, o governador Raimundo Colombo comentou o assalto em Seara e o avanço da violência no interior:
— Havíamos prendido várias quadrilhas, mas voltaram a acontecer (ataques). Nossas polícias e setores de inteligência estÃo mobilizados — garantiu o governador.

PM e bandidos entraram em confronto três vezes

Ainda era madrugada de terça-feira quando tiros de fuzil ecoaram pelas ruas de Seara, pacata cidade de 17,3 mil habitantes.
Em um vídeo gravado à distância por um morador, é possível ouvir os estrondos e os gritos dos criminosos como “para aí”, “fica longe”, “vamos, vamos”.
Uma guarniçÃo da Polícia Militar que fazia rondas até tentou se aproximar depois de ser avisada por um vigilante. Os ladrões reagiram à balas, uma delas ricocheteou na parede e atingiu o peito de um dos PMs, salvo graças ao colete.
Na fuga, houve mais dois confrontos com a PM. No último, um policial com carro particular montou uma barreira e também teve o carro atingido. Policiais da regiÃo foram mobilizados, mas os bandidos conseguiram escapar.

Tiros, explosÃo, reféns e três confrontos

Às 3h30min da madrugada de terça-feira, pelo menos 10 assaltantes chegam ao Banco do Brasil de Seara. EstÃo em dois carros, um Peugeot da cor prata e um Fox da cor branca.
Os ladrões disparam tiros para quebrar os vidros e entrar na agência. A quadrilha também espalha miguelitos (pregos entrelaçados) na frente da Companhia da Polícia Militar.
Um grupo entra na agência para explodir o cofre e outro fica do lado de fora, com fuzis, fazendo a segurança do bando.
Um vigia de um posto de combustíveis escuta os estrondos e liga para a polícia. PMs em rondas perto vÃo para o banco. Os criminosos os viram e atiram.
Um dos disparos atinge o cabo Christ na altura do abdômen. Ele foi salvo graças ao colete, está hospitalizado e passa bem.
Os assaltantes permanecem no banco por cerca de 20 minutos. Pessoas que passam pela rua sÃo rendidas e obrigadas a ficar no chÃo.
Na fuga, outros dois confrontos acontecem entre os bandidos e a PM, na frente de uma empresa e na saída da cidade, quando os ladrões também atiram.
Cerca de uma hora depois, os dois carros sÃo encontrados abandonados no interior de Seara, local em que os bandidos trocaram de veículos e continuaram a fuga. Os carros encontrados estavam sem as placas e com os chassis raspados.

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