Após a madrugada com cerimÔnia reservada para parentes e amigos, foi aberto ao público, às 8h30 desta sexta-feira (7), o velório de Oscar Niemeyer, no Palácio da Cidade, em Botafogo, na Zona Sul. O arquiteto morreu às 21h55 de quarta-feira (5), aos 104 anos, em decorrência de uma infecção respiratória, no Hospital Samaritano, no mesmo bairro.
Pouco antes de os portões serem abertos, o governador Sérgio Cabral, o vice Luiz Fernando Pezão e o prefeito Eduardo Paes entraram para uma breve cerimÔnia ao lado de familiares. Em seguida, dezenas de pessoas começaram a entrar. O caixão, coberto com uma bandeira do Brasil, está fechado e o rosto do arquiteto pode ser visto através de um vidro.
Entre os fãs que foram ao local para prestar homenagem ao arquiteto, o pequeno Richard Lourenço Dias, de apenas 6 anos, ganhou destaque nas fotos que rodaram o mundo. “Minha construção preferida é o sambódromo”, contou o menino.
Das diversas coroas de flores recebidas pela família, há uma enviada em nome do líder comunista cubano Fidel Castro, direcionada “ao incondicional amigo de Cuba Oscar Niemeyer”.
O poeta Ferreira Gullar lamentou a morte do amigo. “Vim me despedir do Oscar. É uma perda incalculável para o país e para a arquitetura mundial. Ele tinha uma arquitetura poética. Introduziu não só a forma curva, mas também a leveza. Os prédios parecem flutuar. Para nós, amigos, é uma dor irreparável.”
Luís Carlos Prestes Filho, presente ao lado da mãe, Maria Prestes, lembrou a amizade do arquiteto com seu pai. “Papai e Oscar Niemeyer foram os grandes comunistas do Brasil. A população não perde apenas um grande artista, mas também um grande homem. Sempre foi muito solidário com papai.”
Outros que passaram pelo velório foram o jornalista Merval Pereira, o escritor Zuenir Ventura, o cartunista Ziraldo, o arquiteto Paulo Casé e os políticos Jaime Lerner, também arquiteto e ex-governador do Paraná; AntÔnio Anastasia, governador de Minas Gerais; e Márcio Lacerda, prefeito de Belo Horizonte.
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