Após se recusarem a participar de cerco, 17 PMs são presos no PR
Última atualização 30 de abril de 2015 - 13:51:21
Foto: Joka Madruga/Futura
A Polícia Militar paranaense informou que 17 policiais foram presos nesta quarta-feira por se recusarem a participar do cerco aos professores que estavam nas proximidades da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para acompanhar a votaçÃo do projeto que autoriza o governo estadual a mexer no fundo de previdência dos servidores do Estado.
A Alep alegava ter recebido uma liminar da Justiça que garantia o veto a entrada de pessoas para acompanhar a votaçÃo.
Na tarde desta quarta-feira, um novo confronto entre a Polícia Militar e professores deixou mais de 200 pessoas (a maioria professores) feridas, segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Algumas delas estÃo em estado grave. A Tropa de Choque fazia um cerco ao prédio Alep, quando o conflito começou e os manifestantes foram agredidos.
Um dos líderes sindicais ligado aos professores disse que o projeto seria votado, independentemente dos protestos contrários e, entÃo, a PM teria avançado em direçÃo aos manifestantes. Tiros de bala de borracha e bombas de gás lacrimogêneo foram lançados. Lideranças que estavam sobre um caminhÃo, no Centro Cívico, passaram a pedir ambulâncias para cuidar das pessoas feridas.
Um professor identificado como Davi disse que levou três tiros de bala de borracha e outras pessoas, segundo ele, chegaram a levar até seis de tiros. Os feridos foram levados para o subsolo do prédio da Prefeitura de Curitiba, que foi transformado em uma espécie de “ambulatório”.
Entre os feridos estÃo também o cinegrafista Rafael Passos da CATVE, que foi atingido por uma bala de borracha, e um cinegrafista da Band, atacado por cachorros dos policiais. O comando da polícia informou que 20 soldados se feriram e dez pessoas foram detidas, sendo sete líderes sindicais ligados aos professores.
Em nota publicada no final da tarde desta quarta-feira, o governo do Paraná lamentou os episódios de violência e atribuiu o confronto ao “radicalismo” e à “irracionalidade” de “manifestantes estranhos ao movimento dos servidores estaduais”.
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