Toda mulher já sabe: quando se proxima determinado período do mês, é hora de se preparar para enfrentar a cólica menstrual. E às vezes ela não vem sozinha.
– Além da dor em cólica, podem ocorrer outros sintomas e manifestações associadas, como náuseas, diarréia, vÔmitos, dor nas costas, cansaço, nervosismo, tonteira, dor de cabeça e até desmaio – ressalta a ginecologista e obstetra Denise Gomes.
O que nem todo mundo sabe é que nem sempre essas dores são naturais. Elas podem ser causadas pela endometriose, uma doença que afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva mas que geralmente não é diagosticada – elas só descobrem quando tentam engravidar e não conseguem.
Cólicas muito intensas acompanhadas de alterações urinárias e intestinais e dor na relação sexual podem ser sinais de alerta. A endometriose acontece quando células do endométrio “escapam” e se alojam nos ovários ou no abdÔmen, onde continuam a se multiplicar e sangrar. A doença nem sempre causa infertilidade, mas dificulta a gravidez, já que os ovários geralmente são os mais atingidos.
Para o diagnóstico, são indicados alguns exames laboratoriais, como laparoscopia, ultrassom endovaginal, ressonãncia magnética e exame de sangue. Segundo Denise, é importante que mulheres que sofrem de cólicas que não melhorem com remédios ou que as impossiblitem de realizar atividades procurem um ginecologista.
O tratamento das pacientes com endometriose inicial geralmente consiste em suspender a menstruação com a ajuda de hormÔnios, através de DIU, pílula ou injeções. Nos casos mais graves, pode ser necessária uma cirurgia para a remoção dos focos da doença.
A dica para se proteger da endometriose é ter uma alimentação balanceada, praticar exercícios físicos e evitar o estresse. E, no caso de dúvida, não hesitar em procurar um ginecologista para acabar de vez com a insegurança.
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