Agronegócio catarinense já sente os efeitos da estiagem com R$22 milhões de prejuízos
Última atualização 4 de agosto de 2017 - 11:03:35
O agronegócio de Santa Catarina já sente os impactos da falta de chuva. Os principais prejuízos sÃo observados nas pastagens, que influenciam a produçÃo de leite e carne. As altas temperaturas e a falta de chuvas vêm comprometendo a produçÃo de leite, que vinha numa crescente no estado. Os produtores já contabilizam prejuízos de R$ 22 milhões. Em 2017, a produçÃo catarinense leite vinha superando os números de 2016. Os levantamentos do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) apontam que, no primeiro semestre deste ano, as indústrias estaduais inspecionadas captaram cerca de 8% a mais de leite do que no mesmo período de 2016. Esse crescimento está sendo prejudicado pela falta de chuvas e altas temperaturas de junho/julho em Santa Catarina, que provocam falta de umidade no solo e refletem na quantidade e qualidade das pastagens disponíveis para os animais. Para alimentar os bovinos, os produtores estÃo recorrendo à silagem, feno, “pré-secado” ou rações, nem sempre disponíveis nas quantidades necessárias e com impacto direto nos custos da produçÃo.
Como Santa Catarina tem uma diversidade de sistemas de produçÃo de leite, as estimativas de perdas com a estiagem variam entre as regiões. Mas os relatórios do Epagri/Cepa já apontam para uma queda na produçÃo estadual de 8%, isso significa que as indústrias inspecionadas deixaram de captar cerca de 18 milhões de litros de leite.As estiagens nÃo sÃo raras em Santa Catarina e o agronegócio deve estar preparado para enfrentar esses períodos de seca. A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca é uma grande apoiadora de projetos envolvendo captaçÃo, armazenagem e uso de água da chuva. Desde 2015, os Programas da Secretaria possibilitam investimentos que superam os R$ 27,9 milhões para a construçÃo de cisternas, poços artesianos e sistemas de irrigaçÃo. “A água é fundamental para a agricultura e pecuária, nós temos meses com excesso de chuvas e essa água nÃo pode ser desperdiçada. A captaçÃo e a armazenagem da água da chuva sÃo indispensáveis para termos uma agricultura familiar sustentável”, ressalta o secretário da Agricultura Moacir Sopelsa. SÃo três Programas da Agricultura voltados para esses projetos: o Programa Irrigar, o Programa De Fomento À ProduçÃo Agropecuária e o Programa Água para o Campo. Sem contar os investimentos feitos através do Programa Juro Zero Agricultura/Piscicultura.
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