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A pior estiagem da década

Última atualização 15 de outubro de 2019 - 14:45:16

A informação do título é do hidrólogo Guilherme Miranda (Epagri/Ciram), um dos participantes da reunião realizada na manhã de sexta-feira (11), na sede do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (CEPA), Florianópolis. Miranda lembrou que o período de chuvas abaixo da média histórica se prolonga há quatro meses. Mas problema não está só aí. Também preocupa a queda nos reservatórios dos lençóis freáticos, o que contribui para a grave redução no volume dos rios. Por isso mesmo, o pior problema é a falta de água para abastecimento. Grande Florianópolis, Litoral Sul e Alto Vale do Itajaí são as regiões já classificadas como em “emergência”. O segundo bloco em pior situação é formado por Grande Oeste e Planalto Norte.

Setor agrícola, geralmente o que mais sofre nesses períodos, ainda não está se ressentindo. A analista de Socioeconomia Glaucia Padrão (Epagri/CEPA) contou que está aberta a “janela de plantio”, especialmente para tomate, batata, arroz e milho silagem. Ou seja, existe atraso, mas não prejuízo. Por outro lado, as safras de inverno – alho e cebola, principalmente -, tiveram um custo maior de produção, uma vez que foi preciso recorrer a sistemas de irrigação no período de plantio.

O meteorologista Clóvis Corrêa, também da Epagri/Ciram, disse que há previsão para um volume maior de chuva na semana de 13 a 19 de outubro, mas sem distribuição regular. Em alguns pontos do estado poderá haver acumulados entre 40 e 50 milímetros e, noutros, bem menos que isso. E depois? “Não temos como afirmar”, respondeu, adiantando que os volumes da próxima semana não serão suficientes para normalizar o nível dos rios.

As reuniões de avaliação têm acontecido semanalmente e será assim até o final da crise hídrica. O encontro de sexta-feira teve a participação do secretário de Estado da Agricultura e Pesca, Ricardo de Gouvêa, da presidente da Epagri, Edilene Steinwandter, e de representantes de diversas entidades, como Fecoagro, Ocesc, Sindicarnes, Fetaesc e Faesc, além da Casan.

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