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8 sentimentos que vão ajudá-la a agir de forma positiva

Última atualização 20 de setembro de 2012 - 17:22:46

Temos mais palavras para expressar sentimentos negativos do que positivos. Isso acontece porque emoções negativas tendem a ser mais fortes e duradouras, enquanto as positivas são mais passageiras”, diz a australiana Suzy Green, especialista em psicologias positivas.

Tudo perdido? Nada disso! Barbara Fredrickson, psicóloga da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, autora do livro Positivity (sem tradução no Brasil), descobriu que apenas quando sentimos emoções positivas três vezes mais do que negativas começamos a prosperar. Ela identificou os sentimentos que ajudam a melhorar a flexibilidade cognitiva, combater a negatividade nociva e criar uma reserva de “jogo de cintura”. Se você está pensando que não nasceu para Pollyana, ótimo, porque não se trata disso. Mas de incorporar mais emoções positivas no seu dia a dia (sem soterrar suas opiniões) e fazer deslanchar seusrelacionamentos, a carreira, a família…

Gratidão

Uma pesquisa feita por Sonja Lyubomirsky, psicóloga da Universidade da Califórnia, nos EUA, e autora do livro A Ciência da Felicidade (Ed. Campus, 392 págs), a levou a nomear oito motivos pelos quais a gratidão pode melhorar seu bem-estar. Três deles: valoriza a autoestima, diminui a competitividade entre as pessoas e ajuda a construir limites sociais.

Demonstre sua gratidão!
Sim, você já deve ter ouvido isso da sua mammy. E ela está coberta de razão. Tornar a gratidão um hábito é um conselho-padrão se você deseja melhorar seu humor. Mas há um porém, avisa Suzy Green. “Tem que ser sincero. Só assim você conseguirá mudar os sentimentos sobre si mesma e sobre sua vida.” Para Sonja, é importante manter a estratégia da gratidão sempre renovada. A pesquisa sugere que fazer uma lista das coisas pelas quais você é grata traz ótimos resultados. Mas, se você não quer esperar ter um momento para refletir, faça um exercício: demonstre na hora. “Sempre que se sentir grata, pode expressar isso sem se sentir piegas nem inadequada. Isso dará uma levantada em seu astral”, indica o psiquiatra Alexandre Saadeh, professor da Faculdade de Psicologia da PUC-SP e consultor de WH.

Esperança

Diferentemente da maioria das emoções positivas, a esperança brota de circunstãncias menos confortáveis. A base dela é acreditar que as coisas podem melhorar. “As pessoas positivas se responsabilizam mais porque sabem que colhem o que plantam. Isso as faz se sentir menos culpadas e vítimas, e mais fortes”, diz a psicoterapeuta cognitivo-comportamental Thaís Petro.. Garcia, da Sociedade Brasileira de Coaching.

Compartilhe sua esperança!
A capacidade de ver o mundo de forma positiva depende de um gene transportador de serotonina, o hormÔnio que influencia o humor, segundo um estudo de pesquisadores da Universidade de Essex, na Grã-Bretanha. Quem tem a versão longa desse gene tende a ser mais otimista. Mas a maioria dos psicólogos concorda que o sentimento pode ser aprendido. “Quando estabelecer uma meta, mantenha uma reserva de esperança em maneiras diferentes de alcançá-la. Não foque em um único método”, diz Suzy Green. Para ela, os esperançosos mais fervorosos focam nas soluções. “Eles conseguem se separar de suas esperanças originais e transferi-las para objetivos mais atingíveis.” Se uma estratégia não deu certo, como a esperança é a última que morre, você continua tenaz.

Interesse

Eu, você, todos ainda estaríamos vivendo em cavernas se nossos ancestrais não tivessem desenvolvido esse sentimento. O interesse, ou curiosidade, nos faz investigar, aprender, desenvolver e ganhar o Prêmio Nobel. “Encontrar algo que nos desperte para o novo levanta a autoestima e nos faz sentir melhor em relação ao mundo”, diz Barbara Fredrickson.

Desenvola seu interesse!
Matricular-se naquele curso de dança flamenca é um interesse fácil de exercitar. Mas também é possível tentar coisas que, aparentemente, não importam a mínima. Quer ver? Ellen Langer, psicóloga pela Universidade Harvard, nos EUA, conduziu um estudo no qual pediu a três grupos de mulheres que detestam futebol americano que assistissem a uma partida do Super Bowl. O primeiro grupo foi orientado a anotar seis observações sobre o jogo; a outro, sugeriu-se que anotasse três; ao último, que só assistisse à partida. O grupo que fez seis anotações se divertiu mais do que os outros — mesmo que tenham escrito “O jogador tem uma bunda sexy”. “Estimular a curiosidade em situações desinteressantes pode despertar novos estímulos”, diz Saadeh.

Orgulho

Por esta você não esperava. Mas é isso mesmo, um dos sete pecados capitais está no seu caminho do bem-estar. “Basta usar esse sentimento com uma humildade apropriada e em quantidade saudável”, diz a psicóloga Suzy Green.

Eleve seu orgulho!
Ter orgulho, neste caso, significa ter consciência de suas realizações — o peso disso em você e o impacto em sua vida — e manter sua autoestima elevada. Indo um pouco além, vale lembrar de se parabenizar a cada meta alcançada em vez de apenas seguir em frente. Uma forma prática de treiná-lo é buscar ações relevantes, de que você goste e onde se sinta bem e confortável, em que possa ser reconhecida e admirada pelos outros. “Para se sentir realizada no presente, lembre-se com satisfação do seu passado. Tudo a levou a aprendizados e experiências que a deixaram mais forte e pronta para o futuro”, afirma Thaís.

Serenidade

Versão mais madura da alegria, a serenidade é o sentimento de paz — aquela sensação de não precisar estar em outro lugar ou fazendo outra coisa. Nós experimentamos isso cada vez menos. Vergonhoso, porque manter a mente calma é uma das melhores maneiras de prolongar o bom humor. Um estudo da Universidade de Wisconsin, nos EUA, descobriu que quando os monges meditavam seu cérebro ativava as áreas associadas à felicidade e a pensamentos positivos.

Serenidade agora!
A meditação é a maneira clássica de alcançar a serenidade. Mas, se você não tem inclinação para ficar horas em silêncio repetindo “uuoooommmm”, não precisa se estressar. Matthieu Ricard, autor do livro Felicidade — A Prática do Bem-Estar (Ed. Palas Athenas, 298 págs.), aconselha “andar atenta”. Desligue o celular, esqueça os e-mails, o Facebook e o Twitter por um dia inteiro. Abra as janelas, deixe o ar circular, coloque uma música relaxante, vista uma roupa confortável e leia um livro bacana — vale cochilar no meio. Desligar do mundo é o primeiro passo para encontrar a tal serenidade.

Admiração

Essa é uma cachoeira profunda de emoção, diz Barbara. Desencadeada quando nos deparamos com a natureza em grande escala — deitada de costas no chão olhando as numerosas estrelas no céu, vendo as Cataratas do Iguaçu pela primeira vez. A admiração pode se manifestar também com um arrepio ou uma súbita vontade de falar como uma adolescente — “Isso é maneiríssimo!”

Seja atingida pela admiração!
Você não vai encontrar admiração indo ao mercado ou a qualquer lugar a que esteja acostumada a ir. A rotina tem grande culpa. “Mesmo que a vista de sua janela dê para o Cristo Redentor, você precisa buscar a admiração em outros lugares”, diz a psicóloga Suzy Green. No entanto, passar o feriado em um local distante e deslumbrante não é o único meio de fazer seu queixo cair. Observe as atitudes dos outros e suas próprias ações admiráveis. “Estamos cercados por belezas naturais e gentilezas humanas, mas somos cegos para enxergar essas maravilhas,” diz ela. Então, o recado é: tenha a mente aberta para retirar essa venda.

Inspiração

A inspiração a enaltece, amplia sua mente e a faz se sentir conectada com o mundo. Você pode encontrá-la ao visitar seu lugar preferido, ao observar uma pintura ou ao ler uma história de superação — tudo o que a faz querer saber mais sobre um assunto ou a contamina com novas ideias, conceitos, pensamentos…

Deixe-se inspirar!
Colocar-se em diferentes situações é a chave para se sentir inspirada com mais frequência. E quando a inspiração surge de repente? Trata-se de instintos, explica Suzy. “Você é inspirada ao ouvir sua intuição.” Assim, se tiver um súbito impulso em ligar para um amigo ou em pegar outro caminho para ir ao trabalho, siga-o. A inspiração a joga para a frente em todos os sentidos e dá início a um efeito borboleta: a faz crescer na vida pessoal e profissional, amplia sua chance de autoconhecimento…

Amor

Por último, mas não menos importante — o amor! “O amor provoca emoções positivas mais específicas como o interesse e a alegria”, diz Barbara. E isso também engloba as outras sete emoções abordadas aqui. Em um estudo publicado no periódico Hormones and Behavior, pesquisadores descobriram que se envolver com outra pessoa aumenta o nível de progesterona. E indivíduos com altos níveis de progesterona têm um grande desejo de ajudar e experimentam menos ansiedade e stress. É uma questão de “espiral ascendente” novamente. Barbara cita uma frase do psicólogo Carrol Izard, famoso por suas contribuições às teorias emocionais. “Colegas e amigos renovam seu interesse revelando novos aspectos sobre eles mesmos, o que aumenta a familiaridade e traz alegria. Em relacionamentos amigáveis ou amorosos duradouros, esse círculo se repete infinitamente.”

Ofereça amor!
Não existe “amor demais”. Então, esteja pronta a conseguir mais dessa emoção a todo instante. “Desenvolver o amor por nós mesmos é o primeiro passo”, diz Suzy Green. Reservar um tempo para se relacionar com outras pessoas também vai trazer mais amor à sua vida. Na próxima vez que combinar de encontrar aquela amiga do colégio ou perguntar ao seu parceiro como foi seu dia, dê um abraço apertado para elevar seus níveis de afetividade. E deixe evidente seu sentimento, sem vergonha ou intimidação.

3 por 1

Essa é a proporção de sentimentos positivos para negativos que devemos atingir. Quando você sente pelo menos três emoções positivas para cada emoção negativa, fica mais propensa a ser generosa, cuidadosa, dedicada, criativa, perspicaz e bem-sucedida. Acesse o site positivityratio.com e faça um teste (em inglês) de 2 minutos, criado por Barbara Fredrickson, para saber a quantas anda a sua proporção de sentimentos positivos x negativos.

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