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A aposentada Vãnia Laguna viveu durante 38 anos com as pitadas do cigarro parecendo ser a coisa mais importante de sua vida. Hoje, aos 52 anos de idade, a ex-fumante recorda as dificuldades que teve ao deixar o vício. “Comecei a fumar muito cedo, ainda menina, aos 14 anos de idade, incentivada pelo meu marido. Desde então, o cigarro passou a fazer parte da minha vida e de meus irmãos que eram mais novos do que eu. Fumar para nós, era como sentar em uma roda de chimarrão, era bonito e parecia natural para todos”, relembra.
A dona de casa é hoje uma das 12 pessoas que participam do Programa de Combate e Controle do Tabagismo, realizado pela Secretaria de Saúde de São Miguel do Oeste. Ela explica que as assistentes sociais a incentivaram por meio de uma visita realizada em sua própria casa. Vãnia e os dois irmãos começaram a participar do grupo e conseguiram se livrar do vício. “Não foi fácil. Quando os médicos diziam para a gente que nunca mais fumaria, eu me desesperava. Foi então que a ajuda dos profissionais e a troca de experiências me fizeram mudar de consciência”, relata.
A assistente social e coordenadora do Programa de Combate e Controle do Tabagismo, Cleci Baldin, destaca que atualmente a Secretaria de Saúde trabalha com três grupos e atende 36 pessoas vítimas do fumo. Segundo ela, 13 profissionais incluindo, psicólogo, assistente social, médico, enfermeiro, nutricionista e fisioterapeuta, trabalham fornecendo orientações e incentivando os grupos com atividades diferenciadas a fim de que todos consigam parar de fumar. “O nosso trabalho trás como meta, a proposta de que as pessoas consigam de uma forma espontãnea parar de fumar e, assim, possam viver com mais saúde”, ressalta.
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