FLORIANÓPOLIS
Com o objetivo de reduzir o consumo de energia elétrica para agricultores familiares de Santa Catarina e promover o aumento da renda, a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca e a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) firmaram parceria, no final de 2011, para o desenvolvimento do projeto Banho de Energia. O projeto piloto atende hoje mais de 100 famílias catarinenses.
Inicialmente o projeto beneficiará 200 propriedades rurais em Santa Catarina. Para participar, o agricultor deve adquirir um kit com os equipamentos no valor de R$ 1,8 mil, que pode ser parcelado em até cinco vezes e, caso seja pago até o vencimento, terá 80% de desconto. Lembrando que o agricultor deve estar enquadrado no Pronaf.
O equipamento denominado “trocador de calor” foi inventado por José Alcino Alano, de Tubarão, e é composto por: boiler, caixa d’água, chuveiro e tubulação. Para execução do Banho de Energia, a Celesc investiu R$ 300 mil e a Secretaria da Agricultura disponibilizou R$ 60 mil. A orientação das instalações dos equipamentos é de responsabilidade da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri).
De acordo com o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, a iniciativa representará uma economia de 30% na conta de luz dos agricultores catarinenses. “Além disso, o valor economizado na fatura de energia elétrica pode ser revertido para investimentos na propriedade rural”, destacou.
Banho de Energia – Trocador de Calor
O projeto consiste no desenvolvimento de um aquecedor, a partir da sobra de calor gerada na chaminé do fogão à lenha. O foco é baratear em 100% o banho de chuveiro, que é o grande vilão do consumo de energia. “Queremos que essas famílias possam tomar banho de graça”, diz Valdoni Aguiar, técnico da Celesc e coordenador estadual do projeto. O projeto piloto beneficiará 200 agricultores. Na região de Mafra e Canoinhas serão 50 famílias, nas regiões de Curitibanos, Caçador, Videira e Campos Novos serão 50 famílias e nas regiões de Lages e de São Joaquim serão 100 famílias atendidas. O secretário João Rodrigues explica que a escolha das regiões foi feita levando em consideração a intensidade do frio e o índice de desenvolvimento humano de Santa Catarina.
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