Desde2000, o Brasil está entre os países que mais investem verbas públicas em educação. Apesar do bom investimento, a educação no Brasil ainda enfrenta um problema grave: o investimento por aluno está abaixo da média.
No ensino pré-primário, a média de gastos por estudante do Brasil foi a terceira pior dentre 34 países—1,69 dólares. A média da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento EconÔmico (OCDE) é de 6,67 da média .
O mesmo acontece no ensino primário, onde o país investe 2,40 dólares, contra 7,71 da média. É o quarto pior resultado entre os 35 países avaliados. Esta relação é ainda pior no ensino secundário, onde o investimento é de apenas 2,23 dólares—a terceira pior—, contra 9,31 da média de 37 países avaliados.
Outra constatação do relatório foi que, embora a taxa de escolarização tenha aumentado na última década, mais de um em cada cinco brasileiros, entre 15 e 29 anos, não vai à escola, nem tem emprego.
De acordo com Andreas Schleicher, diretor-adjunto da OCDE, esses dados mostram um país contraditório, dinãmico por apresentar mais investimento, mais participação, mais alunos na escola, mais pessoas completando a formação, mas que precisa ir além de colocar mais dinheiro.
— Melhorar a qualidade é um ponto crítico que ficou para trás. Há indicadores positivos de que a qualidade melhora, mas ainda precisa avançar muito mais — Concluiu.
Ensino superior enfrenta problemas
Estes recursos que o Brasil tem investido em educação, refletem em melhora apenas nos ensinos fundamentais e médio. Quando o assunto é ensino superior, o país registra um declínio nos investimentos nessa área nos últimos anos.
De acordo com a OCDE, entre 2000 e 2009, o Brasil foi a nação “mais dinãmica do mundo”, investindo em educação entre 10,5% e 16,8%, superando a media que foi de 13%. Ainda assim, é o quarto pior na lista dos países, quando avaliado o investimento enensino superior. Apenas 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) foi investido nessa área. Os ensinos fundamental e médio recebeu 5,5% os ensinos primário e secundário, 4,23%.
Nos anos 2000, o investimento brasileiro em universidades caiu 2% e não acompanhou o crescimento de 67% do número de alunos. Os resultados são ainda mais precários em pesquisa e desenvolvimento, área em que o Brasil é o pior de uma lista de 36 países, com 0,4% do PIB investido.
De acordo com o OCDE, esta situação reflete na economia do país. De acordo com a organização, o mercado de trabalho nacional é o que apresenta a maior diferença entre quem conclui e quem não conclui a faculdade.
deixe seu comentário