Nos últimos sete anos Santa Catarina perdeu cerca de 1,6 mil leitos de internação na rede pública de saúde. Os dados são do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde.
De acordo com o CNES as especialidades mais atingidas com o corte são clínica geral, que perdeu 538 leitos; pediatria, que ficou defasada em 344; obstetrícia com menos 205; e psiquiatria, que perdeu 91 leitos.
Em todo o Brasil quase 42 mil leitos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) foram desativados em todo o país desde 2005. Com este número, o Estado ocupa a oitavo posição no ranking dos que mais perderam leitos. Paraná aparece em sétimo, na tabela, e Rio Grande do Sul, em décimo primeiro.
Para o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto Luiz d'Ávila, grande parte dos problemas do Sistema Único de Saúde (SUS) passa pelo subfinanciamento e pela falta de uma política eficaz de presença do Estado.
— Os gestores simplificaram a complexidade da assistência à máxima de que 'faltam médicos no país'. Porém, não levam em consideração aspectos como a falta de infraestrutura física, de políticas de trabalho eficientes para profissionais da saúde, e, principalmente, de um financiamento comprometido com o futuro do Sistema Único de Saúde.
O estudo aponta ainda o número de médicos por habitantes. Neste ranking, Santa Catarina também aparece na oitava colocação, logodepois da média nacional. O Estado tem aproximadamente 12 mil médicos para cerca de 6,2 milhões de habitantes. O país conta com cerca de 370 mil médicos para uma população que gira em torno de 190,5 milhões.
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