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Assassinatos e furtos diminuem enquanto roubos aumentam em SC no primeiro semestre

Última atualização 18 de julho de 2012 - 13:36:39

Um dos principais crimes que influenciam na sensação de insegurança da população, o assalto (roubo) registrou aumento oficial de 3,03% no primeiro semestre de 2012 em relação ao mesmo período de 2011, em SC. Foram 197 ocorrências a mais neste ano do que no mesmo período do passado. A média ainda é preocupante: uma ocorrência a cada 45 minutos.

Também houve reduções, o que aponta melhora no quadro da violência. Homicídios tiveram baixa de 8,84%; furto diminuiu 5,4%, e latrocínio caiu 6,06%.


Os dados são do Relatório Estatístico de Santa Catarina — Primeiro Semestre de 2012 com os principais indicadores de criminalidade do Estado, divulgadonesta terça-feirapela Secretaria da Segurança Pública (SSP). O material foi organizado pelo Núcleo de Geoprocessamento e Estatísticas da Diretoria de Informação e Inteligência.

A comparação com o 1o semestre de 2011 mostra uma pequena migração do tipo de crime: caiu o roubo a comércios, mas aumentaram os ataques a carros (veja ao lado).

A Grande Florianópolis é a região que apresenta a maior incidência de roubos. São José, Florianópolis e Palhoça ocupam as primeiras posições nesse tipo de crime. A Capital, aliás, foi a que teve o pior desempenho em todos os crimes analisados pelos pesquisadores.

Segundo o relatório, o aumento do registro de ocorrências de roubo em Florianópolis, em parte, teve como fator o registro oficial da ocorrência pela Polícia Militar em decorrência da criação da Delegacia de Repressão a Roubos (DRR), em 2 dezembro de 2011.

Agora, a PM envia o B.O. de roubo diretamente para a DRR, assim como fazem todas as delegacias. Antes, a PM atendia a ocorrência, mas deixava para a vítima registrar o B.O.

Pedestre é o alvo preferido

Titular da DRR, delegado Luiz Felipe Rosado concorda que o crescimento de roubos está diretamente ligado a nova logística de registro de B.O. Ele acredita que o aumento se deve também pelo policiamento ostensivo insuficiente.

— A instalação de cãmeras minimizou o problema, mas não reprimiu. Falta efetivo da PM para ronda ostensiva. Nada como um policial fardado para evitar o crime. Na mente do criminoso, a cãmera não serve como forma de impedir a ação. Ele pode praticar o roubo e sair correndo.

Segundo Rosado, o maior índice de roubo é contra o pedestre. O delegado lembra que são 200 mil pessoas passando pelo Centro por dia, e há muitos viciados em crack naquela região, que roubam para sustentar o vício.

Para o delegado, o fato de cerca de 20% dos roubos acontecerem na Avenida Paulo Fontes não é novidade. A presença dos mesmos crackeiros seria uma das principais causas.

O delegado destaca, ainda, a queda dos roubos a residência na cidade. Nos três primeiros meses do ano, duas quadrilhas com adolescentes praticavam roubo no estilo de amarrar as vítimas e fugir com os carros da família abarrotados de objetos. Os grupos foram desmantelados.

O secretário César Augusto Grubba já determinou ao Comando Geral da Polícia Militar que se intensifiquem o policiamento preventivo e ostensivo nas áreas centrais, como foco no Aterro da Baía Sul. Grubba também destacou a importãncia de ampliação do sistema de videomonitoramento nessas regiões.

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