SANTA HELENA
Em mais uma entrevista da série sobre a movimentação política no município de Santa Helena, a reportagem do Gazeta Catarinense conversou com Valdir Casanova, presidente do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores (PT). Casanova deixou bem claro que o partido pretende fazer algo inédito na corrida eleitoral deste ano, ter um candidato a prefeito, tendo em vista que o PT concorreu apenas de vice até o momento.
Ele disse ainda que o partido pretende permanecer na coligação atual coligação de oposição, mas também deixou aberto o caminho para novas alianças, até mesmo com o PMDB, partido que apoiou por três mandatos, antes de romper na última eleição vencida pelo prefeito Gilberto Giordano (PMDB). Casanova disse ainda que o partido está com nomes renovados e que tem definido desde o ano passado os nomes dos pré-candidatos para concorrer nas eleições municipais deste ano.
Gazeta Catarinense- Atualmente o PT faz parte da coligação de oposição, derrotada no último pleito pelo PMDB de Gilberto Giordano. Na visão do senhor, o que levou o partido a perder a eleição?
Valdir Casanova- Acho que a questão do PDT ter saído da coligação “Aliança por Santa Helena” e levado um grupo junto para o PMDB. Como eles saíram na “última hora”, a coligação não teve tempo para conseguir um número maior de candidatos a vereadores. Com isso eles foram com um número maior de candidatos ao Legislativo e esse fator fez a diferença.
Gazeta Catarinense- Qual o posicionamento do PT para o próximo pleito. O partido pretende manter-se na atual coligação, mesmo que ela tenha sido derrotada no último pleito?
Valdir Casanova- Sim, porque agora temos mais tempo para preparar os candidatos visando à eleição. Também trocando o nome dos candidatos que correram na última eleição. Estamos mantendo conversas. Mantivemos reuniões e os quatro partidos estão juntos, mas estamos abertos para discutir com outras siglas.
Gazeta Catarinense- O PT possui atualmente um vereador na Cãmara. O que o partido tem feito para manter essa representação?
Valdir Casanova- Acredito que colocar um número maior de candidatos para concorrer a vereador. Também temos mais filiados e temos agora essa chance de aumentar essa representação. Já temos nomes de pré-candidato, nomes bons.
Gazeta Catarinense- O PT está hoje entre os maiores partidos do País. O que acontece aqui em Santa Helena que a sigla não consegue repetir o mesmo sucesso, afinal, no momento possui apenas um vereador e nunca teve um prefeito?
Valdir Casanova- Acho que pelo fato de termos falhado no início, por não termos conseguido colocar pessoas na majoritária desde o primeiro mandato. Concorremos de vice no PMDB nos dois primeiros mandatos, depois apoiamos o PMDB em chapa pura e agora no último mandato corremos a vice do PP, mas não conseguimos.
Gazeta Catarinense- Na visão do senhor, hoje o PT teria condições de lançar uma candidatura a prefeito aqui em Santa Helena com chances de vitória?
Valdir Casanova- Sim, porque a mudança esperada pela população de Santa Helena, não ocorreu. Nós poderíamos ser essa mudança.
Gazeta Catarinense- Em entrevista ao Gazeta Catarinense, o presidente do PSDB, Sérgio Buche, diz que o PT já fez um contato com o PSDB, pedindo da possibilidade dos tucanos serem vice na chapa. Esse contato realmente ocorreu, essa possibilidade de aliança existe?
Valdir Casanova- Existe. Estamos abertos para fazer alianças com outros partidos, precisamos de mais siglas para somar e chegar ao poder aqui em Santa Helena. O próprio governo federal atual teve de fazer uma grande aliança para chegar e permanecer no poder.
Gazeta Catarinense- PMDB e PT são coligados a nível nacional, mas aqui em Santa Helena estão de lados opostos. Pode pintar uma aproximação entre os dois partidos aqui no município, ou isso está descartado?
Valdir Casanova- Nós estamos abertos para fazer coligação com todos os partidos aqui em Santa Helena. Isso sem escolher partido nenhum. Claro que isso vai depender de quem são os candidatos. Porque nós já participamos e apoiamos em três oportunidades o PMDB, só na última não. Nós estamos abertos para conversar com todos os partidos.
Gazeta Catarinense- Hoje, quem seriam os nomes do PT para concorrer em uma possível candidatura a prefeito aqui em Santa Helena?
Valdir Casanova- Temos pré-candidatos. Temos o Blásio Hickmann que é tesoureiro concursado da prefeitura, o Sadi Coletto, que é professor e também já foi de secretário da Saúde, e eu que sou presidente da Cãmara, vereador em quatro mandatos e também secretário de Obras por sete meses.
Gazeta Catarinense- O PT terá candidato a prefeito, esse é o principal objetivo do partido?
Valdir Casanova- Vamos, a nossa ideia é essa e não é de agora. Desde o ano passado largamos os três pré-candidatos. Temos como principal objetivo ter candidato a prefeito.
Gazeta Catarinense- Alguma possibilidade de vocês não terem candidato a prefeito?
Valdir Casanova- Sempre há, mas o nosso grupo está fechado para lançar candidato a prefeito.
Gazeta Catarinense- Como o senhor e o partido avaliam a administração do prefeito Gilberto Giordano do PMDB?
Valdir Casanova- Acho que não houve a mudança que eles desejavam fazer. Na campanha eles pregavam que faria uma mudança e vejo que isso não ocorreu. Como levaram uma parcela de pessoas que participavam da administração passada, vejo que não houve, realmente, a mudança.
FRASES
“A mudança esperada pela população de Santa Helena, não ocorreu. Nós poderíamos ser essa mudança”
“Estamos abertos para fazer alianças com outros partidos, precisamos de mais siglas para somar e chegar ao poder aqui em Santa Helena”
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