O ginecologista João Arrua participou de uma entrevista ao vivo no estúdio da TV Expresso Cast, em Palmitos, onde abordou dois temas ligados à saúde da mulher: a síndrome dos ovários policísticos e o câncer de mama. Durante a conversa com o médico esclareceu dúvidas frequentes e destacou a importância da informação como ferramenta de prevenção e cuidado.
A respeito da síndrome dos ovários policísticos, Dr. João explicou que a condição é caracterizada pela presença de múltiplos folículos nos ovários, o que interfere na produção hormonal. “Cada folículo produz hormônios que inibem o FSH, dificultando a ovulação. Mas é importante deixar claro que a mulher com ovário policístico pode sim engravidar”, afirmou.
O diagnóstico é feito por exames laboratoriais e principalmente por meio de ultrassonografia. Entre os principais sintomas estão menstruação irregular, excesso de pelos no rosto e no corpo, oleosidade na pele e presença de espinhas. Segundo o médico, o tratamento varia conforme a intenção da paciente em engravidar ou não. Ele ressaltou ainda que a síndrome não tem cura, mas seus efeitos podem ser controlados com acompanhamento médico.
Logo após, Dr. João abordou as diretrizes atuais para o diagnóstico do câncer de mama. Ele destacou que as principais entidades médicas do país, como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), recomendam a realização da mamografia a partir dos 40 anos de idade, anualmente. “Não se trata de prevenção, mas sim de diagnóstico precoce. Quanto antes for identificado o câncer, melhores são as chances de tratamento e qualidade de vida”, disse.
O ginecologista esclareceu que a mamografia deve ser complementada por exame de ultrassom, uma vez que cada método identifica diferentes tipos de alterações. Ele também alertou que o quadrante superior externo da mama, próximo à axila, é onde há maior concentração de ductos mamários e, portanto, maior incidência de nódulos.
Ao falar sobre o tratamento, o médico explicou que a conduta varia conforme o estágio da doença. “Há casos em que é possível preservar parte da mama, mas em situações mais graves pode ser necessária a mastectomia total”, explicou. Ele citou estudos que mostram alta probabilidade de recorrência do câncer na mama oposta e defendeu que a conduta norte-americana de realizar mastectomia bilateral poderia ser aplicada em mais casos no Brasil.
Fonte / Foto: TV Expresso
Especialista falou sobre síndrome dos ovários policísticos e diretrizes atualizadas para prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama
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