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Santa Catarina incentiva o cultivo de cereais de inverno

Última atualização 27 de abril de 2024 - 13:45:28

Foto: Aires Mariga / Epagri

O cultivo de cereais de inverno é uma das apostas para
reduzir o déficit de milho e abastecer a cadeia produtiva de carnes e leite em
Santa Catarina. A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR)
desenvolve o Programa de Incentivo ao Cultivo de Cereais de Inverno, com apoio
para aumento da área de cultivo de trigo, triticale e cevada.

 Neste ano, o Governo do Estado deverá investir R$ 3,2
milhões para incentivar esse cultivo, valor 60% superior ao de 2023.O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária Valdir
Colatto, afirma que esse programa é um estímulo para diversificação e agregação
de valor na área rural.

 “Além de reduzir custos e melhorar a competitividade da
pecuária, o cultivo de cereais de inverno é uma alternativa de renda adicional
para as famílias rurais, pois aproveita áreas que não estavam sendo usadas no
inverno e proporciona outros benefícios, como a rotação de culturas. As áreas
cultivadas com cereais de inverno mantém o solo protegido e geram receita para
as famílias”, explica.

 Para participar do Programa, os produtores devem procurar as
cooperativas ou casas agropecuárias credenciadas e formalizar a parceria. A SAR concede um apoio de até R$ 385,00 por hectare
cultivado, um acréscimo de 10%, no limite de 10 hectares por produtor, desde
que o cereal colhido tenha como destino a produção de ração para alimentação
animal.

 Em Santa Catarina

 Santa Catarina conta com uma cadeia produtiva de proteína
animal significativa e em constante crescimento.De acordo com estudo da Epagri/Cepa, para atender essa
produção o Estado necessita anualmente em torno de 8 milhões de toneladas de
milho para a fabricação de ração.

 Na safra 2022/2023 a produção de milho em Santa Catarina foi
de aproximadamente 3 milhões de toneladas, segundo dados disponíveis no
Observatório Agro Catarinense. O déficit na relação de produção e consumo é de 5 milhões de
toneladas, que precisam ser importadas de outros estados e países vizinhos para
abastecer a cadeia produtiva catarinense.

 Segundo o diretor de Cooperativismo e Desenvolvimento Rural,
Léo Kroth, as culturas produzidas no inverno são consideradas excelentes
alternativas para suprir a escassez de milho usado para a produção de ração
animal.

 “Segundo pesquisas desenvolvidas pela Embrapa Trigo (RS) e
Embrapa Suínos e Aves (SC), esses cereais são opções viáveis para substituir o
milho na formulação de rações e concentrados para alimentar suínos e aves”,
enfatiza.

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