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Exportações catarinenses de carne crescem no primeiro bimestre de 2024

Última atualização 16 de março de 2024 - 09:06:48


Foto: Eduardo Valente / Secom

 

No acumulado do primeiro bimestre, Santa Catarina exportou
303,5 mil toneladas de carnes (frangos, suínos, perus, patos e marrecos,
bovinos, entre outras), alta de 9,1% em relação ao mesmo período do ano
anterior.

 Já as receitas geradas com a exportação catarinense de
carnes, no acumulado dos dois primeiros meses do ano, foram de US$ 597,6 milhões,
queda de 4,7% na comparação com o primeiro bimestre de 2023.

 Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria,
Comércio e Serviços (MDIC), analisados pelo Centro de Socioeconomia e
Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) e disponíveis no Observatório Agro
Catarinense.

 O motivo do resultado positivo na quantidade exportada foi o
crescimento dos embarques para os principais países compradores de carne de
frango e suína.

 Uma das poucas exceções foi a China, que registrou queda
expressiva nas aquisições de carne de frango (-31,1% em quantidade e -47,7% em
receitas) e de carne suína (-40% em quantidade e -53,4% em receitas), na
comparação do primeiro bimestre de 2024 com o mesmo período de 2023.

 Conforme o analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural
da Epagri/Cepa, Alexandre Giehl, dois fatores podem ter sido os que mais
influenciaram esse decréscimo nos embarques para a China.

 O primeiro deles é a expansão da pecuária no país asiático
que, até o final de 2023, vinha aumentando a produção interna de carne. O segundo fator é o fim da tarifa extra que a China vinha
cobrando da carne de frango brasileira desde 2019. 

“Como o governo chinês já sinalizava mudanças na taxação, é
possível que muitos importadores tenham postergado suas aquisições”, comenta o
analista.

 Mesmo com a redução, a China se mantém como principal
destino das exportações catarinenses de carne suína, embora com uma
participação menor no faturamento do que há um ano. No primeiro bimestre de 2024, 23% das receitas dos embarques
do estado foram geradas com as vendas para a China.

No primeiro bimestre de 2023, essa participação era de
51,8%. O país também ficou em quinto no ranking dos principais destinos das
exportações catarinenses de carne de frango. Já a redução no faturamento com a exportação de carne, nos
primeiros dois meses de 2024, na comparação com o mesmo período do ano passado,
deve-se, principalmente, à redução do preço da carne de frango no mercado
internacional.

 Giehl explica que, segundo cálculos realizados pela
Epagri/Cepa, o valor médio da carne de frango in natura exportada por Santa
Catarina em janeiro deste ano foi 13,2% menor do que o registrado no mesmo mês
de 2023.

 Desempenho das exportações em fevereiro

 Santa Catarina exportou 92,3 mil toneladas de carne de
frango (in natura e industrializada) em fevereiro de 2024, alta de 1,8% em
relação aos embarques do mês anterior e de 16,5% na comparação com os de
fevereiro de 2023. As receitas, por sua vez, foram de US$ 175,2 milhões,
crescimento de 5,1% em relação às do mês anterior e de 2,3% na comparação com
as de fevereiro de 2023.

 O estado foi responsável por 25% das receitas geradas pelas
exportações brasileiras de carne de frango nos dois primeiros meses de 2024. Com exceção da China, quase todos os principais compradores
da carne de frango catarinense ampliaram a quantidade embarcada no primeiro bimestre, em comparação com os dois primeiros meses de 2023. 

Os embarques para o Japão cresceram 36,8%, para os Países
Baixos 22,2% e para os Emirados Árabes Unidos 17,9%. A quantidade de carne suína exportada por Santa Catarina em
fevereiro chegou a 53,5 mil toneladas (in natura, industrializada e miúdos),
queda de 1,2% em relação aos embarques do mês anterior, mas alta de 25,4% na
comparação com os de fevereiro de 2023.

 As receitas de fevereiro foram de US$ 119,4 milhões,
crescimento de 2,3% na comparação com as do mês anterior e de 16,6% em relação
às de fevereiro de 2023.Quase todos os principais destinos ampliaram suas aquisições
em relação ao primeiro bimestre de 2023, destacando-se: Filipinas (altas de
176,2% em quantidade e de 173,3% em receitas); Chile (28,0% e 17,9%); Japão
(134% e 124,2%) e Coreia do Sul (223,4% e 152,7%).

 Santa Catarina foi responsável por 57% da quantidade e 59,1%
das receitas das exportações brasileiras de carne suína nos dois primeiros
meses do ano.

 

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