A secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, o presidente do Hospital Regional do Oeste (HRO), Reinaldo Fernandes Lopes, e o secretário municipal de Saúde de Chapecó, Jader Danielli, estiveram na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), na manhã desta terça- feira, dia 17 de outubro, para reunião com a Bancada do Oeste. O deputado estadual Jair Miotto (União Brasil), que é membro da bancada, informou que a pauta principal do encontro foi debater sobre a situação do financiamento do HRO que depende de um convênio com a Secretaria de Estado da Saúde.
O parlamentar ressaltou que o cenário atual do HRO necessita de atenção. “Pouco avançamos nesta reunião, pois, apensar de ter um estudo sendo concluído, a Secretaria de Estado da Saúde não apresentou uma data definida em relação ao financiamento e aos prazos de pagamento ao HRO”, lamenta o deputado Miotto. Diante do impasse, a Bancada do Oeste voltará a se reunir no dia 27 de outubro, onde informações mais precisas devem ser repassadas ao colegiado.
SITUAÇÃO DO HRO
A principal reivindicação apresentada pelo presidente do HRO foi em a relação a um aporte financeiro. “Estamos pleiteando a liberação de um financiamento de R$ 7 milhões por mês, via convênio com a Secretaria de Estado da Saúde, por um prazo de três anos. Atualmente, o déficit mensal do HRO fica entre R$ 6,5 milhões e R$ 7 milhões”, expõe Lopes.
De acordo com o presidente, o HRO é o maior hospital da região Oeste. Realiza 90% dos atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É referência para mais de 1,3 milhão de habitantes. Possuí 1,5 mil colaboradores e conta com 350 médicos. “O HRO realiza duas mil internações mês, cinco mil atendimentos mês no Pronto Socorro, 55 mil exames de laboratórios/mês e 10 mil exames por imagens/mês. Através do hospital, 2,5 milhões de catarinenses são atendidos nos serviços de média e alta complexidade”, informa o presidente Lopes.
Ele finaliza destacando que o HRO tem uma despesa mensal de R$ 16,5 milhões e é amparado com um aporte financeiro de R$ 10 milhões/mês. “Por isso, é urgente a viabilização deste financiamento de R$ 7 milhões, pelo menos, por um prazo de três anos, para que o HRO tenha um equilíbrio financeiro e regularize as dívidas que hoje somam R$ 20 milhões em atraso”, lamenta o presidente Lopes.
A SECRETARIA DA SAÚDE
Durante reunião, a secretária Carmen informou que a Secretaria de Estado da Saúde está construindo um novo plano para a atual Política Hospitalar Catarinense, que no atual Governo, já recebeu um aporte de R$ 500 milhões da pasta. “Para isso, realizamos um estudo detalhado que está praticamente concluído. A situação do HRO será resolvida em breve. O Oeste não ficará desassistido”, compromete-se a secretária, afirmando que o Governo do Estado fará um grande investimento na área da saúde na região.
Paralelo a isso, a Secretaria também está analisando um contrato entre o HRO e o município de Chapecó. Neste modelo de contrato, a Secretaria de Estado da Saúde faria o aporte de recursos, por meio da Política Hospitalar Catarinense.
O deputado Miotto destaca que este impasse precisa ser sanado com agilidade. “Os números comprovam a importância do HRO para a região. Esperamos que, no fim deste mês, na próxima reunião, os estudos sejam apresentados e possamos ter avanços em relação à situação do financiamento do HRO, que depende do convênio com a Secretaria de Estado da Saúde. Só assim, a administração da unidade hospitalar poderá traçar estratégias e trabalhar com mais segurança”, almeja o deputado Miotto.
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