Este ano, a Campanha será realizada em uma só etapa para
todos os grupos prioritários, não haverá divisão por fases, e a meta é vacinar
pelo menos 90% de cada um desses grupos. Em 2022, a cobertura vacinal ficou em
63,4%.
Para a gerente de imunização da Diretoria de Vigilância
Epidemiológica (DIVE/SC), Arieli Fialho, o maior desafio deste ano é alcançar a
meta de vacinação. “A gente tem percebido uma queda nas coberturas vacinais de
forma geral, impactando também na vacinação contra a influenza, o que nos
preocupa. Já estamos no outono, em breve chega o inverno, época de aumento da
circulação dos vírus respiratórios, como o da gripe. Então, é importante que
especialmente a população mais vulnerável como crianças, idosos, gestantes,
entre outros, estejam protegidos da doença para evitar casos graves,
hospitalizações e mortes”, destaca a gerente.
A vacina contra a influenza não transmite a doença, já que é
produzida com vírus morto. Ela demora de duas a três semanas após a aplicação
para conferir a proteção adequada. O principal objetivo da vacinação é reduzir
os sintomas da doença, especialmente na população mais vulnerável que pode
evoluir para formas graves e morrer em decorrência da gripe.
Em Santa Catarina, o público-alvo da Campanha é de 2.887.025 milhões de
pessoas, formado pelos seguintes grupos prioritários:
– crianças de 6 meses a 5 anos de idade;
– trabalhadores da saúde;
– gestantes e mães até 45 dias após o parto;
– idosos com 60 anos ou mais;
– professores de escolas públicas e privadas;
– povos indígenas;
– pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras
condições clínicas especiais;
– pessoas com deficiência permanente;
– profissionais das forças de segurança e salvamento e das
forças armadas;
– caminhoneiros;
– trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de
passageiros urbano e de longo curso;
– trabalhadores portuários;
– funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens
de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de
liberdade.
A vacina oferecida este ano é a trivalente e protege contra
três subtipos do vírus influenza: H1N1, H3N2 e influenza B. Ela pode ser
aplicada junto com outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação,
inclusive a da Covid-19.
A gripe (influenza)
A gripe é uma infecção viral, bastante transmissível, que
afeta o sistema respiratório. Pessoas infectadas com o vírus influenza podem
ter desde sintomas leves a sintomas graves, que necessitam de internação e
podem levar à morte.
Os sintomas mais comuns são febre, dor muscular, dor de
garganta, dor de cabeça, coriza e tosse. Pessoas mais vulneráveis,
especialmente aquelas com doenças crônicas, idosos, crianças, podem desenvolver
quadros de pneumonia, sinusite, otite e desidratação.
A vacinação é uma das medidas mais eficazes para prevenir o agravamento
do quadro, evitando hospitalizações e mortes. Além da vacinação, outras medidas
devem ser adotadas para reduzir a transmissão do vírus, como:
– Lavar as mãos com frequência;
– Utilizar lenço descartável ou o antebraço ao tossir ou
espirrar;
– Evitar tocar olhos, nariz e boca;
– Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres,
pratos, copos ou garrafas;
– Manter os ambientes bem ventilados;
– Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou
sintomas de gripe;
– Evitar sair de casa em caso de sintomas respiratórios;
– Evitar aglomerações e ambientes fechados;
– Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e
ingestão de líquidos.
Em 2023, o estado de Santa Catarina registrou 35 casos da
doença, a maior parte por influenza A (H1N1); e seis mortes. Para mais
informações, acesse o boletim epidemiológico.
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