Um ex-comandante da PMRv (Polícia
Militar Rodoviária de Santa Catarina) foi condenado à perda do cargo público,
ao pagamento de multa no valor de um salário-base recebido por servidor público
estadual à época dos fatos e ao ressarcimento de R$ 17.817,41 – todos os
valores corrigidos. Ele era policial militar rodoviário em Concórdia, no Oeste
de Santa Catarina.
Segundo a Justiça, ele respondeu
à ação por improbidade administrativa ao adulterar a placa de uma viatura
utilizada para fins particulares, enquanto exercia a função de comandante do
20º Grupo da 2ª Companhia do 2º Batalhão da Polícia Militar Rodoviária. A
decisão é do juiz Marcus Vinicius Von Bittencourt, da 2ª Vara Cível da comarca
de Concórdia, e ainda cabe recurso.
Conforme a denúncia feita em
2017, o policial militar, na época com 35 anos de carreira na instituição,
adulterou as características de uma viatura ao substituir as placas do veículo
por identificação pertencente a outro carro da Secretaria Estadual de Segurança
Pública, cuja baixa se dera para futura realização de leilão.
Combustível e trocas de óleo
efetuadas no período de 1º de junho de 2016 a 2 de março de 2017, quando a
viatura foi utilizada para fins pessoais, também foram custeados com dinheiro
público.
Outro delito constatado foi a
transferência de um policial militar rodoviário devido à pressão exercida por
políticos e empresários locais para facilitar o transporte de cargas perigosas.
Uma terceira ocorrência denunciada foi o aproveitamento de um servidor público
estadual para trabalhos particulares na residência do então comandante, quando
executava apenas metade de sua carga horária regular.
O nome do policial não foi
revelado pela Justiça. A reportagem do ND+ tentou contato com a assessoria de
imprensa da PMRv, mas não obteve retorno até esta publicação. O espaço segue
aberto para manifestação.
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