O norovírus, apontado em análises preliminares como causador
da epidemia de diarreia em Florianópolis, foi encontrado no Rio do Brás, que
desemboca na praia de Canasvieiras, no Norte da Ilha.
A análise foi divulgada pelo Laboratório de Virologia
Aplicada da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e foi feita a partir
de amostra coletada no Rio do Brás.
O norovírus já tinha sido encontrado em amostras de fezes de
pacientes infectados.
Florianópolis enfrenta uma epidemia de diarreia.
Até sexta-feira (20), mais de 3 mil pessoas procuraram a
rede pública de saúde desde o início do mês com sintomas da doença.
A crise sanitária ocorre em paralelo à crise na
balneabilidade.
A praia de Canasvieiras, onde o Rio do Brás desemboca, é
considerada totalmente imprópria para banho desde 26 de dezembro, de acordo com
o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA).
A virologista Gislaine Fongaro, da UFSC, explica que o
quadro enfrentado em Florianópolis pode ser resolvido com melhorias no
saneamento básico.
— São patógenos extremamente vinculados à qualidade
sanitária.
Então o saneamento básico é a forma eficiente, é a forma de
evitar o contato direto com o material fecal ou indireto, por meio de água e
alimentos que foram irrigados, por exemplo, com água contaminada — afirmou
Fongaro.
Sobre o Rio do Brás, em Canasvieiras, a Companhia
Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) respondeu em nota que o local tem quase
100% de coleta e tratamento.
A explicação para a poluição seriam as ligações clandestinas
na rede de drenagem.
A prefeitura não respondeu aos questionamentos.
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