Após denúncia do Ministério Público de Santa Catarina
(MPSC), a gerente de uma cooperativa de crédito foi condenada pela prática de
167 furtos ocorridos entre 2016 e 2019, em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina.
Conforme o processo, a autora sacou valores de cotas de
capital de diversos cooperados no total de R$ 185.693,38. Com a condenação, a
ré terá de cumprir 24 anos e quatro meses de reclusão, em regime inicial
fechado, e pagar 766 dias-multa, além de reparar o dano sofrido pela
cooperativa.
Resgate de valores
O primeiro crime foi descoberto em outubro de 2019, quando
um ex-cooperado procurou o banco para resgatar o que sobrava de sua cota de
capital. Porém, foi informado que não havia saldo e que todos os valores tinham
sido resgatados.
O cliente reclamou com a cooperativa, que constatou que o
dinheiro da cota havia sido retirado em data anterior pela condenada. A ré
alegou que teria ocorrido um saque errôneo do dinheiro e faria uma
transferência do valor para ser creditado na conta do ex-cooperado.
Investigação
A ocorrência gerou suspeitas na direção da cooperativa, que
determinou a realização de ampla sindicância nas operações. Durante a
investigação, foi concluído que a acusada consultava diariamente os arquivos e
se inteirava dos nomes dos associados que tinham encerrado o relacionamento com
o banco. Depois, ela verificava se os valores das cotas estavam disponíveis para
resgate e realizava o saque.
Ainda segundo o MPSC, cabe recurso da sentença e a Justiça
concedeu o direito de recorrer em liberdade à ré.
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