Em reunião na FIESC (Federação
das Indústrias de SC), nesta sexta-feira (18), o governador eleito, Jorginho
Mello prometeu programa de revitalização de rodovias catarinenses. Mello
defendeu a importância dos investimentos em infraestrutura, principalmente
garantir o término da duplicação da BR-470, e avançar nas rodovias 282, 280 e
163.
Além dos investimentos em
infraestrutura de transporte, a conversa teve como pano de fundo assuntos como
a energia e a manutenção dos incentivos fiscais.
Em seu discurso, Mello observou
que os estados, no geral, estão endividados e o orçamento é todo comprometido.
“Penso assim: se reduzir a carga tributária, se arrecada mais. Sou minoria
nesse pensamento, mas estou convencido de que reduzindo a carga conseguiremos
incluir quem está fora e arrecadar. Vou ver uma forma justa para termos um
secretário da Fazenda que olhe os dois lados: do governo e também o lado de
quem produz e precisa ser apoiado. Temos que ser um facilitador”, declarou.
Saneamento
Jorginho Mello também defendeu
aumento dos investimentos em energia trifásica e em saneamento básico –
aproveitando a aprovação do marco regulatório do setor.
Presidente da FIESC, Mario Cezar
de Aguiar ressaltou que a indústria só quer condições para competir. “É
importante criar um ambiente favorável para que o setor possa se desenvolver
cada vez mais”, afirmou ele.
Aguiar explicou ainda que há uma
exigência legal para revisar os incentivos fiscais em 2023. “Nós não entendemos
incentivo fiscal como renúncia fiscal, mas sim, como um instrumento que o
estado tem para alavancar o desenvolvimento econômico. Então queremos
participar dessa discussão importante com o governo e a Assembleia Legislativa
para continuar o programa de incentivos”, disse. Ele salientou que isso é
importante, inclusive, para evitar a perda de empresas para outros estados.
Mão de obra
O presidente da FIESC também
chamou a atenção para a diversificação industrial catarinense, cujos principais
destinos dos produtos manufaturados são mercados exigentes, como os Estados
Unidos e a União Europeia. “Isso mostra a qualidade do setor, que precisa de
parcerias para continuar progredindo”, completou. Ele também colocou a entidade
à disposição para criar programas de formação de mão de obra, outra grande
demanda da indústria e do mercado de trabalho catarinense.
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