Quando pensamos em urbanismo planejado é comum imaginar uma
“selva de pedra” em grandes cidades onde o foco é acomodar mais pessoas em
menores espaços. Santa Catarina, em especial o Litoral Norte, tem exemplos de
cidades que se desenvolvem integrando a lista de maiores arranha-céus do mundo.
Durante muito tempo a urbanização no Brasil fomentou o
desenvolvimento por meio das “selvas de concreto”. Nesse desenho urbano, o
verde perde espaço, ficando muitas vezes restrito a parques e praças.
Contudo, existe uma forte mudança no perfil do consumo do
mercado imobiliário, que vem sendo impulsionada pelas transformações geradas
pela pandemia de Covid-19.
Dentre as transformações, ganha destaque a nova visão sobre
o papel da natureza no dia a dia das pessoas e a valorização da integração do
ambiente residencial com o ambiente corporativo de forma a gerar uma simbiose
produtiva.
SC sai na frente com projeto revolucionário
Santa Catarina será um dos primeiros estados do país a
contar com um projeto revolucionário. Por meio de um novo desenho urbano está
nascendo a Reserva Royal, uma cidade moderna e que visa resolver problemas de
forma sustentável.
Em uma área de 4,3 milhões de metros², divididas entre as
cidades de Tijucas na Grande Florianópolis e Porto Belo no Litoral Norte a
fazenda que há mais de 100 anos pertence à família Bayer está sendo á planejada
para se transformar no Reserva Royal, empreendimento que prioriza a harmonia
entre as pessoas e a natureza, em um local repleto de mata nativa e nascentes
de cursos d’água.
O local será de uso misto – seguirá preceitos de cidade
planejada, mas que também terá suas áreas abertas para utilização por toda a
comunidade, um empreendimento disruptivo, com o intuito de preservar a fauna e
a flora, bem como gerar desenvolvimento ordenado. Será o primeiro
empreendimento intermunicipal do Estado e um dos maiores do Sul do país.
A nova cidade moderna foi precedida por uma pesquisa
mercadológica minuciosa e um Master Plan que setoriza e organiza o projeto
urbanístico em quatro fases de implantação.
Investimento de R$ 50 milhões
Apenas a primeira fase do empreendimento abrange 480 lotes e
tem um investimento inicial estimado na ordem de R$ 50 milhões, com prazo de 18
a 20 meses de execução. A segunda fase disponibiliza outros 520 lotes, e na
terceira e quarta fase estão previstas novas áreas comerciais, novas centralidades
e verticalização moderna.
O principal diferencial é o aproveitamento da exuberância da
natureza disposta em uma floresta de 1 milhão de metros² de mata atlântica nativa
preservada no projeto urbanístico. A título de comparação, a área é maior que
Bosques de Palermo, em Buenos Aires, e o Parc du Cinquantenaire, em Bruxelas,
oferecendo ar puro e proximidade das pessoas com o verde.
“Vamos ocupar espaço dentro de um conceito moderno. Em
função desse potencial natural ambiental, contemplamos o conceito de que o
projeto urbanístico fosse feito para as pessoas, com preservação do verde, sem
pensar unicamente na ocupação do concreto”, destaca o empresário e CEO da Verde
& Azul Urbanismo, Luiz Carlos Gallotti Bayer.
A sustentabilidade é contemplada no projeto urbanístico com
diversas alternativas de ocupação da área, desde o processo de captação de água
das nascentes, passando pelo aproveitamento da água da chuva nos jardins até a
seleção de resíduos, ou seja lixo.
Fase inicial
Nesta primeira fase, um parque já está projetado para se
estabelecer numa área de 53 mil metros², oferecendo playground, trilhas –
inclusive de arvorismo (na copa das árvores), e um mirante para observação da
floresta, do mar e da cidade de Tijucas. Uma arena de arte cultural e espaços
de convivência também estarão neste parque. Outro parque orquidófilo deve
ocupar 300 mil metros quadrados de área.
Mais do que preservar a área já existente, o projeto prevê a
ampliação da mata ciliar, de 30 metros para 100 metros de largura, ao longo de
um trecho de quase um quilômetro do Rio Santa Luzia, que faz limite entre
Tijucas e Porto Belo. Essa área de aproximadamente 400 mil metros quadrados
será destinada à criação de um parque ecológico intermunicipal. “A gente
acredita na valorização do empreendimento com o crescimento da área verde”,
enfatiza Bayer.
Um corredor ambiental está projetado para alcançar o vasto
maciço de Mata Atlântica localizado por trás das cidades de Porto Belo, Itapema
e Camboriú. Com isso, muitas espécies de pássaros e répteis serão resgatados,
enriquecendo ainda mais a fauna já existente.
O parque ecológico terá algumas áreas elevadas que serão
ocupadas por modalidades esportivas e de lazer (skate, beach tênis, vôlei, área
para churrasco etc). Cercadas por água, o acesso a essas áreas elevadas será
feito por pequenas pontes.
“Esse é o nosso objetivo principal: que as pessoas tenham
local para lazer, para respirar ar puro, para ter uma vida saudável, para
praticar esportes. É esse equilíbrio que desejamos”, completa Arthur Quaresma,
coordenador de Marketing da Verde & Azul Urbanismo.
O projeto urbanístico na primeira e segunda fase também
prevê a implantação de área de centralidade para as pessoas, com foco na
ocupação sustentável de cidade moderna, contemplando produtos e serviços que
possibilitem uma vida completa e com ambiência no local. A terceira fase prevê
a verticalização com especificidades próprias, buscando atender uma demanda da
região.
“Os prédios também têm uma diferenciação estrutural, com
mais verde, mais varanda, com mais áreas comuns. A grande diferença é que você
não tem poluição sonora da rodovia (BR-101), mas você tem proximidade e
acessibilidade”, explica o diretor da Verde & Azul Urbanismo, Rudi Bayer.
Na quarta fase serão desenvolvidas as áreas de tecnologia e de saúde.
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