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Polícia Federal combate contrabando de gado argentino para o Extremo-Oeste

Última atualização 7 de abril de 2022 - 17:20:43


Foto: Divulgação / Polícia Federal – A ação foi registrada em municípios da divisa entre Brasil e Argentina


A Polícia Federal
deflagrou na manhã desta quinta-feira (7), a operação 'Boi Viajante', para
conter o contrabando de gado oriundo da Argentina.

Acredita-se que através
de propriedades vizinhas, na divisa entre Brasil e Argentina, cerca de 5,7 mil
bovinos avaliados em mais de R$14 milhões tenham sido contrabandeados ao
Brasil.

Cerca de 50 policiais
federais cumpriram 11 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça
Federal em Foz do Iguaçu (PR) nas cidades de Dionísio Cerqueira (SC) e nas
cidades paranaenses de Barracão, Bom Jesus do Sul e Santo Antônio do Sudoeste.

A ação contou com o
apoio da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná-ADAPAR.

As investigações foram
conduzidas pelo período de 20 meses, e de acordo com os dados obtidos, foram
identificados cinco criadores de gado que teriam introduzido clandestinamente
em torno de 5.700 animais no mercado brasileiro.

A ação foi registrada
em municípios da divisa entre Brasil e Argentina.

De acordo com
informações divulgadas pela Polícia Federal, através das investigações foi
possível identificar, ainda, que o grupo criou um sistema onde era feita a
simulação de compra de gado em outras regiões do Paraná, como se fossem
transferidos para as suas propriedades e com isso, poderiam expedir a Guia de
Trânsito Animal (GTA) para a mesma quantidade de animais que traziam da
Argentina.

Foram constatadas
fraudes na simulação de nascimentos, onde o criador declarava que em um período
de dois meses nasceram 50 bezerros, porém neste número de nascimentos, não havia
nenhuma fêmea.

A introdução
clandestina de bovinos no Brasil causa prejuízo aos criadores brasileiros.

Além disso, gera grave
risco de introdução de doenças como a febre aftosa, já que o Paraná e Santa
Catarina são Estados “livres de aftosa sem vacinação”, enquanto a Argentina é
considerada “livre de aftosa com vacinação”.

Os delitos investigados
são previstos no Código Penal: Contrabando, Associação criminosa, Falsidade
ideológica e Infração de medida sanitária preventiva, cujas penas máximas somam
18 anos de reclusão.

Considerando, ainda,
que um dos investigados pelo contrabando de gado também é investigado em outro
procedimento relacionado ao descaminho de vinhos (Operação Formiga III), a
Polícia Federal também deu cumprimento a mandados de busca e apreensão dessa
outra investigação, porém no mesmo domicílio.

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