Santa Catarina está se pintando de azul. O novo mapa de
risco, divulgado neste sábado (30), mostra uma melhora significativa do Estado
com relação à pandemia da Covid-19. Agora, são nove regiões classificadas em
nível moderado (azul) e oito em risco alto (amarelo).
Duas regiões que estavam em nível moderado (azul) na semana
passada pioraram, Foz do Rio Itajaí e Oeste. Com isso, as regiões passaram a
ser classificadas como nível alto (amarelo), por apresentarem uma manutenção
dos indicadores de gravidade e uma elevação no número de casos confirmados ao
longo da semana.
Apesar disso, as regiões de Florianópolis, Laguna,
Meio-Oeste, Serra Catarinense e Vale do Itapocu, que na semana anterior estavam
classificadas como nível alto (amarelo),
passaram a ser classificadas como nível moderado (azul), se juntando as
regiões do Alto Vale do Itajaí e Alto Vale do Rio do Peixe, que se mantiveram
no nível moderado (azul).
As regiões em risco alto são Alto Uruguai Catarinense,
Extremo-Oeste, Foz do Rio Itajaí, Médio Vale do Itajaí, Nordeste, Oeste,
Planalto Norte e Xanxerê.
Nas últimas semanas foi observado por uma importante redução
dos indicadores de gravidade da pandemia em todo o Estado, principalmente no
número de óbitos, que reduziu 19% em relação à semana anterior.
No entanto, o número de casos hospitalizados que se manteve
estável na faixa de 600 por semana e de internações em leitos de UTI, que se
mantêm na faixa de 160 por semana. A maior parte dos pacientes que estão indo a
óbito por coronavírus são idosos, com idade acima de 60 anos, e que ainda não
receberam a dose de reforço da vacina contra a Covid-19.
O aumento na Cobertura Vacinal em Santa Catarina permanece
sendo um fator essencial na melhora dos indicadores da Matriz de Risco em todas
as regiões do Estado. Na última semana Santa Catarina ultrapassou a marca dos
10,1 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 aplicadas, das quais, 4,27
milhões já receberam a segunda dose ou dose única, estando completamente
imunizados (59% da população total).
Além disso, 290.182 idosos e trabalhadores de saúde já
receberam a dose de reforço e 12.970 pessoas com imunossupressão grave
receberam doses adicionais.
Como o número de casos ativos ainda é elevado, para o Estado
controlar a pandemia, recomenda-se manter as medidas de prevenção. Isso envolve
o uso de máscaras, distanciamento, dar preferência a permanência em ambientes
ao ar livre e com ventilação natural e evitar aglomerações.
Um levantamento preliminar realizado pela DIVE/SC (Diretoria
de Vigilância Epidemiológica) da Secretaria de Estado da Saúde mostra que no
período de 14 de setembro a 13 de outubro foram registrados 431 óbitos por
Covid em Santa Catarina.
Quando analisada a situação vacinal das pessoas que foram a
óbito nesse período, dos 431 óbitos, 327 (76%) eram idosos e 104 (34%) eram
pessoas abaixo de 60 anos de idade. Dos 327 idosos, 116 (35%) não tinham
completado o esquema vacinal, 211 (65%) tinham recebido as duas doses ou a dose
única há mais de cinco meses, mas apenas dois haviam recebido a dose de
reforço.
Por conta disso, a SES/SC recomendou a redução no prazo de
aplicação da dose de reforço para os idosos, que passou para cinco meses após a
segunda dose ou dose única do esquema primário. Já entre a população abaixo de
60 anos, dos 104 óbitos registrados, 88 (85%) não tinham completado o esquema
de vacinação e apenas 16 pessoas (15%) estavam com o esquema vacinal completo.
Esses números servem para alertar aos jovens e adultos sobre
a importância de se completar o esquema vacinal primário com duas doses, de
forma a ampliar sua proteção contra formas graves da Covid-19, considerando que
existem mais de 420 mil pessoas em atraso na aplicação da segunda dose em todo
o Estado.
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