Os estudos e ações para combater a Covid-19 se multiplicam
e, nesta semana, o Incor (Instituto do Coração) enviou à Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária) um pedido importante para avançar em uma
pesquisa considerada promissora. O pedido, que detalha todos os aspectos
técnicos do trabalho desenvolvido, é para que a Anvisa libere testes clínicos
da vacina em spray contra a Covid-19.
A intenção do Incor é iniciar as fases 1 e 2 do estudo em
2022, o que inclui os testes clínicos em humanos. O imunizante está sendo
desenvolvido pelo Laboratório de Imunologia do Incor em parceria com a USP
(Universidade de São Paulo) e com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo)
Os resultados iniciais do experimento apontam que animais
imunizados com a vacina spray tiveram altos níveis de anticorpos, além de boa
resposta celular protetora.
Nos testes clínicos, serão 280 participantes divididos em
sete grupos, com seis recebendo doses diferentes e o último recebendo placebo.
As fases de testes devem durar três meses, a fim de avaliar o esquema vacinal
mais adequado, a resposta imune e a segurança da vacina.
O Incor explica que a vacina em desenvolvimento usa
peptídios sequenciais derivados de proteínas que compõem o vírus.
Em nota, o Instituto ressalta que a vacina spray “é inédita no mundo não apenas pela sua forma de
administração pelas narinas, mas também pelos componentes derivados do vírus
que ele utiliza para a imunização e pelo
veículo que os transporta (nanopartículas)”, aponta o Incor.
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