Santa Catarina avança cada vez mais na imunização completa
da população contra a Covid-19.
Segundo dados do vacinômetro de quarta-feira (20), mais de
64% da população com 12 anos ou mais está completamente imunizada com as duas
doses ou dose única da vacina.
Estes números se devem principalmente pela elevada cobertura
de idosos e adultos com 40 anos ou mais que já completaram o esquema vacinal.
No caso dos idosos, com 60 anos ou mais, 99% dessa população
já completou o esquema vacinal com duas doses ou dose única, e nos adultos,
entre 40 e 59 anos, a cobertura está em 85%.
Já na população entre 18 e 39 anos pouco mais de 46%
completou o esquema vacinal até o momento.
“Os adultos jovens de 18 a 39 anos são aqueles que, no
momento, apresentam as menores coberturas vacinais por não estarem retornando
para receber a segunda dose no tempo adequado. Portanto, um dos focos das ações
de imunização deve ser no alerta sobre a importância de se completar o esquema
vacinal com a segunda dose. Todos os municípios já estão com as vacinas
disponíveis para serem aplicadas, bastando que a população compareça aos postos
no prazo adequado”, ressalta o superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo
Macário.
Segundo levantamento realizado pela Diretoria de Vigilância
Epidemiológica (Dive) na última terça, 19, 423.965 pessoas que tomaram a
primeira dose não retornaram, no tempo adequado, para tomar a segunda.
Deste total, 171.098 são de pessoas vacinadas com a
AstraZeneca, 137.263 de pessoas com a Coronavac, e 115.604 pessoas com a
Pfizer.
Os dados são do Sistema de Informações do Programa Nacional
de Imunizações, do Ministério da Saúde.
“O atraso em receber a segunda dose é bastante preocupante,
pois quem não retorna no tempo adequado não está protegido de forma adequada
contra a Covid-19. Com o esquema completo é possível estimular o sistema
imunológico a produzir um número maior de anticorpos. As pessoas que atrasam a
segunda dose correm o risco de, uma vez infectadas, apresentar um quadro grave
de coronavírus. Elas também contribuem para a disseminação de variantes de
preocupação, além de prejudicar a imunidade coletiva provocada pela vacinação,
protegendo aqueles que ainda não puderam se vacinar, como as crianças”,
finaliza o superintendente.
Dose de reforço
Com relação ao reforço, até o momento foram aplicadas pouco
mais de 153.990 doses em idosos com 60 anos ou mais, imunossuprimidos e
trabalhadores da saúde.
O grupo que menos recebeu o reforço foi o de idosos. Somente
30% com idade acima de 80 anos, 22% dos de 70 a 79 anos e menos de 1% dos
idosos de 60 a 69 anos receberam esta dose, segundo dados do vacinômetro
estadual.
“Já é de conhecimento dos pesquisadores e profissionais de
saúde sobre a importância de um uma dose de reforço na imunização de idosos
seis meses após completarem o esquema primário, como forma de potencializar e
reativar a capacidade de resposta imune do organismo. Neste grupo, a resposta
vacinal pode ser reduzida por causa do progressivo declínio da função
imunológica provocado pelo envelhecimento natural das células. A dose de
reforço fará com que haja uma maior e mais prolongada proteção, servindo para
que os casos e mortes nessa população não voltem a subir”, explica Macário.
As pessoas com alto grau de imunossupressão necessitam de
esquemas vacinais adaptados, por apresentarem resposta reduzida a imunizantes.
A dose de reforço neste grupo deve ser aplicada 28 dias após
a conclusão do esquema vacinal.
Nos trabalhadores da saúde, a dose de reforço também deve
ser aplicada seis meses após a conclusão do esquema vacinal e se faz necessária
para garantir a continuidade dos serviços essenciais em saúde, já que esses
profissionais estão diariamente expostos ao vírus.
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