O Internacional conseguiu ser o primeiro time a ficar no
azul no quesito bilheteria. Depois de longo período sem poder abrir os portões,
os clubes voltaram a vender ingressos no início do mês, mas poucos já conseguem
transformar isso em receita. Chama a atenção, inclusive, que o prejuízo de
Flamengo e Fluminense, que jogam no Maracanã, só aumentou.
Ainda sem contar a rodada do último fim de semana porque nem
todos os borderôs já foram enviados à CBF, o Nacional agora tem o Colorado como
o único a estar no positivo: R$ 28.601,20. A equipe gaúcha enfrentou o América-MG
e a Chapecoense ao lado de sua torcida e fez R$ 609.642,53 com bilhetes no
total, o que já é suficiente para compensar o prejuízo acumulado de outras 10
partidas.
Atlético-MG, Corinthians, Cuiabá, Grêmio, Palmeiras e São
Paulo já viram dinheiro entrar nas rodadas que fizeram como mandante. Eles
conseguiram fazer mais receita com a venda de bilhetes do que o total de
despesas como mandante, mas ainda ficam devendo quando os números levam em
conta todas as partidas do Brasileiro deste ano.
Já América-MG, Athletico, Atlético-GO, Bahia, Ceará,
Chapecoense, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Red Bull Bragantino, Santos e
Juventude continuam tendo mais gastos do que receitas mesmo com a venda de
ingressos. O caso dos dois cariocas é o que chama mais a atenção.
O Fluminense, por exemplo, teve prejuízo de mais de R$ 610
mil na partida contra o Fortaleza. No total, o time está devendo mais de R$ 2,5
milhões. E a conta ainda não tem os números da partida contra o Atlético-GO,
porque o borderô ainda não foi enviado à CBF. Com renda de menos de R$ 100 mil,
é provável que o Tricolor perca mais R$ 600 mil nessa partida, o que faria seu
prejuízo ultrapassar a casa dos R$ 3 milhões.
Outro a mandar seus jogos no Maracanã, o Flamengo também
aumenta seu prejuízo. Depois de perder mais de R$ 260 mil contra o Athletico, o
time precisou desembolsar quase R$ 320 mil diante do Sport. O jogo contra o
Cuiabá ainda não foi contabilizado. O prejuízo só não é maior porque os dois
atuaram em algumas ocasiões em lugares mais baratos como Volta Redonda ou até
mesmo Neo Química Arena, em São Paulo.
Os gastos aumentam para os dois porque eles precisam passar
a pagar taxas que antes não existiam ou eram menores, como repasse à Ferj,
aluguel do campo, despesas operacionais, contas do dia da partida, seguranças e
impostos. Antes desse novo cenário, a média de gastos de ambos os times no
Maracanã era de R$ 200 mil por jogo. Ao menos para o Flamengo, há o consolo das
receitas com bilhetes vendidos na Libertadores para diminuir o impacto.
O levantamento não leva em conta as partidas do Sport como
mandante porque a equipe de Recife não envia os dados completos à CBF. A
entidade nacional afirma que não tem controle sobre o tema, apesar de isso ir
contra o Estatuto do Torcedor.
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