Grupos de manifestantes interditaram pontos de rodovias federais em Santa Catarina na manhã desta terça-feira, feriado de 7 de setembro. Pontos da BR-101, da BR-116 e da BR-280 foram interditados, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
No km 10, em Garuva, há dois quilômetros de retenção no sentido Porto Alegre e o km 404 em Maracajá, estão com as pistas nos dois sentidos bloqueados. Já o km 25 da BR-101, em Joinville, foi interditado sentido norte e no momento, há um km de fila.
No planalto serrano, manifestantes interditaram o km 138, da BR-116, em Santa Cecília, em ambos os sentidos e na BR-280, no km 230 em Canoinhas, ambos os sentidos estão fechados.
As demais rodovias federais estão com fluxo normal de trânsito.
Neste dia 7 de setembro, as ruas de Santa Catarina devem receber diversos protestos de diferentes grupos políticos, tanto em apoio, como oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido)
Bolsonaro defendeu a participação de toda “a população brasileira”, incluindo “integrantes o Poder Executivo Federal” nos atos marcados para a data. As declarações vêm em meio a um debate sobre a presença de policiais nas manifestações.
Independência está associada à liberdade. Assim sendo, também no escopo dos incisos XV e XVI, do artigo 5º da nossa Constituição Federal, a população brasileira tem o direito, caso queira, de ir às ruas e participar dessa nossa data magna em paz e harmonia”, escreveu o presidente nas redes sociais. “O mesmo se aplica a todos os integrantes do Poder Executivo Federal que não estejam de serviço. Que a liberdade individual seja a máxima nesse marcante evento de nossa soberania”, acrescentou.
Todas as polícias estão subordinadas ao Poder Executivo – seja ele Federal, no caso da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, ou estadual, no caso das polícias civil e militar. A presença de policiais, categorias que compõem a base eleitoral de Bolsonaro, nos atos tem sido debatida. Alguns governadores proibiram e ameaçaram punir os servidores que comparecerem às manifestações.
Em atrito com os outros Poderes da República, sobretudo com o Judiciário, Bolsonaro tem instado a militância a participar dos atos, os quais chegou a classificar de “nova Independência”. Em discurso no sábado (04), falou em ruptura e disse que as manifestações servirão para colocar “no devido lugar” aqueles que não respeitam o povo, a quem chamou de “poder moderador”, ou “ousam não obedecer a Constituição”.
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