Home Em petição, Moisés questiona direitos políticos do autor do pedido de impeachment

Em petição, Moisés questiona direitos políticos do autor do pedido de impeachment

Última atualização 27 de julho de 2020 - 17:30:41

Foto: Murici Balbinot/Arquivo

O governador Carlos Moisés da Silva apresentou nesta segunda-feira (27) uma petição ao presidente da Assembleia Legislativa de SC (Alesc), deputado Julio Garcia (PSD), questionando a legalidade do pedido de impeachment. No documento, o governador questiona se o autor do pedido, defensor público Ralf Zimmer, está com plenos direitos políticos.

A base do documento é uma ação penal que Zimmer respondeu no Tribunal de Justiça em um caso no âmbito da Lei Maria da Penha. Segundo o advogado que assina a peça, existe uma dúvida sobre as condições políticas de Zimmer já que o caso corre em segredo de justiça. Caso tenha sido condenado com trânsito em julgado, ele não poderia ser autor de um pedido como esse.

Segundo o advogado, a petição não é uma defesa do governador, e sim uma dúvida sobre se há, ou não, vício formal na autoria do pedido. 

Além do questionamento aos direitos políticos de Zimmer, a petição também pede à inclusão aos autos das decisões do Ministério Público que rejeitam à tese de ilegalidade na equiparação dos salários dos procuradores do Estado com os procuradores da Assembleia. A equiparação, que culminou num aumento de cerca de R$ 4 mil por servidor, é o suposto crime de responsabilidade apontado por Zimmer. 

Segundo o advogado, o fato do Ministério Público ter arquivado o processo por três vezes em três instâncias diferentes é um indício importante.

“Por três oportunidades o Ministério Público do Estado de Santa Catarina analisou os fatos em questão e afastou a existência de indícios de prática ímproba por parte do Senhor Governador do Estado, da Senhora vice-Governadora do Estado e do Secretário de Estado da Administração, o que se mostra importante para analisar a existência ou não de justa causa no juízo de admissibilidade do requerimento de impeachment protocolado pelo Sr. Ralf Guimarães Zimmer Junior”, diz o texto. 

A peça foi rejeitada pelo procurador-geral de Justiça, Fernando Comin, em 4 de fevereiro, depois referendada pelo Conselho Superior do Ministério Público, em 17 de junho. Outra decisão, no âmbito da 12ª Promotoria de  Justiça da Capital, arquiva o processo em 20 de julho.

Por último, a petição pede cópia da integralidade dos autos do pedido feito por Zimmer. 

Na Alesc

Até o fechamento deste texto, Garcia não havia recebido oficialmente a petição. A Alesc prevê para esta terça-feira (28) a leitura do parecer pela admissibilidade e, posteriormente, a notificação dos envolvidos. O processo inclui, além de Moisés, a vice, Daniela Reinehr, e o secretário de Administração, Jorge Tasca. 

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