Em entrevista ao jornal O Globo neste domingo (5), o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, garantiu o início do Brasileirão para o dia 9 de agosto. A ideia é de que as equipes que estejam em cidades que não reúnam condições sanitárias para a prática esportiva mandem seus jogos em outras praças.
Na Série A, houve um voto dissidente sobre o mando, mas nenhuma dúvida se a competição vai começar ou não dia 9 de agosto. Brasileirão é algo definido e determinado. A Série B inicia no dia 8, na véspera. Definimos com a Série C que ela recomeçará na mesma data da B. A Copa do Brasil volta em 26 de agosto. A Série A1 do Feminino, também. O Brasileiro Sub-20, dia 23 de setembro — afirmou.
As datas da Série D e da Série A2 Feminina ainda não foram estipuladas, pois demandam uma logística maior. O calendário organizado pela CBF não prevê a paralisação das competições durantes as datas Fifa, que devem ser retomadas em setembro. De acordo com Caboclo, a “pressa” para o reinício dos campeonatos tem a ver com a Copa do Mundo de 2022, no Catar.
A gente trabalha não apenas com o calendário de 2020. O calendário de 2020 já está bem traçado para a CBF. Vai invadir janeiro, fevereiro, pode chegar a meados do mês. Mas temos algumas premissas que vão além. Muita gente não leva em consideração. Nosso horizonte é a Copa do Mundo de 2022, marcada para começar em novembro. Obriga o nosso calendário a terminar pelo menos um mês antes, em outubro de 2022. Temos que encerrar 2020 na segunda quinzena de fevereiro, iniciar os estaduais na última semana do mesmo mês, o Brasileiro no final de maio de 2021 — destacou.
O dirigente também falou sobre a MP 984, que dá aos clubes mandantes os direitos de negociar os direitos de transmissão de suas partidas. Segundo Caboclo, a iniciativa é vista com bons olhos pela CBF, desde que sejam realizadas negociações coletivas. Além disso, ele ressaltou que os contratos em vigor que envolvem a entidade estão protegidos e serão cumpridos até o final.
A respeito do mérito, devo dizer que a CBF é favorável à negociação dos direitos pelo mandante da partida. É um conceito que nos parece o mais razoável, favorece os clubes no cenário brasileiro. É o critério que permite aos clubes maior possibilidade de negociação, sem que dependam da vontade de um terceiro para que uma partida seja transmitida. A essência do futebol, não só da presença do torcedor no estádio, é a transmissão, é elementar. A CBF, ao mesmo tempo que concorda com o conceito da MP, defende igualmente a negociação coletiva, como sempre defendeu — concluiu.
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