A mulher identificada pela Polícia Civil como Valdete Zanco, aparece no vídeo que foi divulgado nas redes sociais, insinuando que o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, estaria autorizando o enterro de caixões sem corpos de supostas vítimas de covid-19, e sim com madeiras e pedras. O que teria sido descoberto depois de exumações para a realização de testes do coronavírus. “Sabe o que tem dentro do caixão? Pedra e madeira. Um monte de caixão cheio de pedra e madeira, uma palhaçada, não?!” Relata a mulher no vídeo.
Nesta quarta-feira, a Polícia Civil informou que o vídeo se trata de fake news e que as denúncias feitas pela mulher são falsas. “Já foi feito contato com a prefeitura e essa denúncia não tem nenhum lastro probatório. Primeiro que ela fala de exumação, o que caso fosse realizado dependeria do IML do setor de perícias da Polícia Civil. Então essa notícia que ela traz é patentemente inverídica, irresponsável e criminosa”, afirmou o delegado responsável pelo caso, Wagner Sales. Ainda segundo Sales, a mulher pode ser responsabilizada por eventual crime de denunciação caluniosa, difamação contra autoridade pública municipal e também a contravenção penal de produzir pânico e tumulto. Somadas as penas podem chegar a 9 anos de prisão mais multa estipulada pelo poder judiciário.
“Também aproveito para sugerir que a autora do vídeo se apresente, voluntariamente, em uma Delegacia de Polícia para prestar esclarecimentos sobre o que a motivou fazer o vídeo para que possamos concluir as investigações o mais rápido possível”, concluiu.
O advogado de Valdete, Alexsander Ribeiro, informou que ela já se apresentou na Delegacia de Polícia de Jacutinga, sul de Minas Gerais.
“Valdete reconhece humildemente o erro e pede perdão ao município de Belo Horizonte e seu ilustre prefeito e a todos quantos foram atingidos negativamente por este equívoco”, disse o advogado.
Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, a retratação de Valdete Zanco não interrompe as investigações que estão em curso e que ela terá que comparecer a uma delegacia de Belo Horizonte onde o inquérito foi aberto para prestar mais esclarecimentos.
deixe seu comentário