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Bilhões nas Startups, por Carlos Chiodini

Última atualização 17 de março de 2020 - 09:26:27

Volto a falar de inovação, de aprendizado, amadurecimento, reconhecimento e evolução. E o meu novo gancho é um levantamento sobre o valor de investimentos recebido pelas startups brasileiras, que dobra ano a ano. Em 2019, foram captados R$ 32 bilhões, o dobro do valor de 2018. Portanto, se seguirmos a positiva tendência, agora em 2020, podemos chegar a R$ 44 bilhões de movimentação nesse promissor mercado.   “Inovação é o ato de atribuir novas capacidades aos recursos – pessoas e processos – existentes na empresa para gerar riqueza”, afirmava Peter Drucker, escritor, professor e consultor administrativo da Áustria.

Pai das ideias inovadoras, Drucker modernizou a gestão de negócios na Áustria e inspirou diversos administradores espalhados pelo mundo inteiro, por mais de 60 anos, com seus artigos, livros e conferências. Seu intelecto foi fonte, nada mais nada menos, para Bill Gates, fundador da Microsoft, e Henry Ford, da Ford Motor.

Nesse caminho brilhante, é interessante que nossas startups se tornem referência. Como leitor assíduo de assuntos relevantes que acontecem no país e no mundo, aprendi que é preciso trabalhar os ecossistemas desse mundo de negócios.

O princípio número um é de que as empresas que não inovarem não sobreviverão. Simples assim. Sabemos que precisamos nos adaptar às evoluções tecnológicas. É nossa era atual. As startups não podem nem devem seguir regras engessadas de uma corporação.

Pensar grande é pensar globalmente. Esse é o segundo princípio do ecossistema saudável. Noticiários afirmam que nunca houve tanto dinheiro disponível nesse universo de startups. Não há limite para o mercado. Já ouviram falar dos espaços coworking? Pois então, são escritórios virtuais, onde podemos realizar trabalhos remotos com a tecnologia a nosso favor. Com esse cenário, não há motivos para não avançarmos fronteiras. Elas nem precisam existir.

Mas, os avanços nos remetem a grandes desafios, que exigem significativas mudanças culturais. Memorize esse terceiro princípio. A chave está na comunicação. Empresas que quebram as barreiras de sistemas e processos diferentes fazem negócio juntos. Pode ser um russo negociando com um japonês. Se há suavidade na interface de comunicação, há prosperidade no negócio.

É instigante pensar que as startups fazem parte de um jogo diferente e novo. Por isso, estão sempre alinhadas com a palavra “inovação”. Nesse jogo há diversos estágios. Há empresas que vendem diretamente ao consumidor e outras que vendem somente para outras empresas, até alcançarem um ponto de escala de crescimento.

Para isso acontecer, é necessária uma mudança cultural de mentalidade urgente (quinto princípio). O que isso quer dizer? Que em fases iniciais é preciso ter apoio nos negócios, com um ambiente de empreendedorismo pronto para colher bons frutos. Portanto, os investidores e impulsionadores como familiares precisam mudar a mentalidade.

Costurando meu raciocínio e nosso aprendizado diante desse levantamento, os ecossistemas abertos não são criados por laboratórios de inovação aberta. Sexto e último princípio!

A expertise vem da cooperação funcional entre startups, corporações e agências governamentais. É um desafio obtê-la no Brasil. Mas, há caminhos a serem explorados. Tenho convicção que há!

Carlos Chiodini, deputado federal por Santa Catarina

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