O volume médio de gás natural veicular (GNV) comercializado em Santa Catarina ao longo de 2019 foi o maior desde 2012, segundo dados da Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGÁS). No ano passado, a venda média foi de 345 mil m³/dia.
O resultado é 3% superior ao de 2018, de 336 mil m³/dia. Em comparação aos anos anteriores, o aumento é ainda maior: 27% em relação a 2017 (273 mil m³/dia) e 35% em relação a 2016 (255 mil m³/dia).
O avanço do consumo revela uma estabilização do setor, que passou por forte queda ao longo dos anos de crise. Apesar disso, o recorde de consumo ainda é de 2011, com média de 368 mil m³/dia. O ciclo de aumento de combustíveis como gasolina e diesel é um dos fatores apontados para a alta.
“Após atingirmos o recorde de vendas em 2011, o congelamento do preço dos combustíveis líquidos para controle da inflação reduziu um pouco a vantagem econômica do GNV, visto que ele continuou tendo suas tarifas atreladas às oscilações do dólar e ao preço internacional do petróleo”, disse o gerente de Mercado Urbano e Veicular da SCGÁS, Gustavo Caldas dos Santos.
“A retomada que constatamos desde 2016 acontece em razão do efeito inverso daquele cenário: a competitividade tem aumentado com os frequentes reajustes praticados aos combustíveis líquidos”, afirmou.
A procura por kits GNV tem aumentado significativamente: desde 2017 foram registrados 14,7 mil novos veículos adaptados para uso do gás natural em Santa Catarina, segundo dados do Denatran. Isso representa um crescimento de 16,27% da frota nos últimos três anos, que tem atualmente mais de 105 mil veículos emplacados no Estado, terceira maior frota do país em números absolutos.
Para 2020, a Companhia prevê a implantação de dez novos pontos de distribuição do combustível em oito municípios catarinenses.
deixe seu comentário