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Na Capital, Bolsonaro participa de aula magna para futuros agentes da PRF

Última atualização 18 de outubro de 2019 - 16:17:51

O presidente da República Jair Bolsonaro participou na tarde desta quinta-feira (17) de evento de formação para 1.168 futuros policiais rodoviários federais em Florianópolis. Na Capital catarinense pela primeira vez desde que assumiu, Bolsonaro fez defesa enfática do excludente de ilicitude, medida que compõe o pacote anticrime. “Não é licença para matar, é licença para não morrer”, disse, durante a cerimônia.

“O policial, ao enfrentar alguém armado, após este embate, o policial tem que ir para casa na certeza de que será condecorado e não processado”, disse. “Os nossos parlamentares se conscientizam de que isso tem que ser uma realidade. Não queremos mais chorar a morte de colegas”.

“Pela primeira vez um chefe de Estado esteve na ONU e defendeu as suas polícias, coisa que no passado não acontecia. Sempre acusavam vocês de serem os responsáveis pelas mortes no Brasil, quando é exatamente o contrário”, afirmou.

Bolsonaro salientou ainda que, enquanto era deputado, lutou pelo plano de carreira dos policias ao lado de outros parlamentares. “Grande parte daquilo que vocês têm hoje, de meios para poder trabalhar, de união, de integração, vem desses velhos colegas que há décadas lutam por dias melhores”.

“Eu era um simples parlamentar, um deputado conhecido do baixo clero, mas que tinha um coração, e tem ainda, exatamente igual aos de vocês. A minha vontade, como a de vocês, é de servir”, disse. 

O evento

Antes do discurso, o presidente inaugurou o estande de tiro da Academia Nacional da Polícia Rodoviária Federal (ANPRF). Junto com o governador Carlos Moisés da Silva, praticou tiro com auxílio de um instrutor.

A passagem de Bolsonaro por Santa Catarina durou pouco tempo. Ele chegou na Base Aérea perto das 15h, depois participou do evento, que durou das 16h até 18 horas. Em seguida, retornou a Brasília.

Ele veio acompanhado de três ministros: Sergio Moro, da Justiça e Segurança Pública, Damares Alves, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, e Jorge Oliveira, ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República.

No discurso, Moro defendeu que se faz segurança com recursos humanos. “O governo tem investido muito em integração, mas no final do dia o que importa é o trabalho do policial que cumpre com cuidado a missão”, afirmou.

O governador Carlos Moisés da Silva defendeu a integração das forças de segurança. Citou o próprio exemplo em que, na reforma administrativa, retirou a figura do secretário de Segurança Pública e formou um colegiado com Polícia Militar, Polícia Civil, Instituto Geral de Perícias e Corpo de Bombeiros decidindo as próprias ações.

Além disso, defendeu medidas práticas de integração, por meio da tecnologia e de melhoria dos processos. Segundo ele, esse projeto deu resultado e é um dos motivos que causou a redução de índices de violência em Santa Catarina.

Ao final do encontro, Bolsonaro citou o slogan “Brasil acima de tudo” e deitou no chão para “pagar dez pelo Brasil”, acompanhado pelos alunos e pelos oficiais da PRF. Em seguida, circulou entre os futuros agentes e acenou para apoiadores.

Estiveram presentes também os senadores Jorginho Melo (PL) e Esperidião Amin (PP); e os deputados Coronel Armando (PSL) Caroline De Toni (PSL) Rogério Peninha Mendonça (MDB) Angela Amin (PP).

O efetivo

Os 1.168 alunos da Academia da PRF vão atender, quando formados, postos pelo Brasil todo. Santa Catarina terá 67 novas vagas de agentes, não necessariamente todos recém-formados já que a corporação terá redistribuição interna. 

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