Cerca de 2,7 mil ovelhas morreram em propriedades de Alegrete, Quaraí e Uruguaiana, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul.
O caso ocorreu entre o último fim de semana e a segunda-feira (14), quando uma brusca mudança de temperatura atingiu algumas regiões do Estado.
De acordo com a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do RS, técnicos da pasta visitaram os locais e constataram a causa das mortes: variação térmica e frio.
Foram registradas, segundo a pasta, 1,2 mil mortes em Alegrete, mil em Quaraí e 500 em Uruguaiana, mas os números podem aumentar.
Conforme a Somar Meteorologia, Alegrete, por exemplo, registrou máxima de 33,7ºC e mínima de 22ºC no domingo (13), enquanto na segunda (14) a temperatura variou entre 23,2ºC e 11,3ºC.
Segundo o diretor de Defesa Agropecuária da Secretaria do Estado, Antonio Carlos Ferreira Neto, o choque térmico em ovelhas acarreta problemas respiratórios e pode ser fatal.
Se não resistir a alteração climática, o animal pode morrer em algumas horas, como de um dia para o outro. Ao mesmo tempo, a ovelha sofre se não tiver o pelo cortado durantes as altas temperaturas, explica Neto.
O problema não é incomum, diz o diretor. Nesta época do ano, a junção entre o período de tosquia no Estado com a aproximação do Verão e as mudanças de temperatura já causaram a morte dos animais em anos anteriores.
— Uma medida que muitos produtores tomam, e que pode evitar isso, é prender os animais em um local fechado, por um ou dois dias para evitar choque térmico. Alguns criadores também cobrem os animais com sacos plásticos, por exemplo, depois da tosquia — explica.
O caso não é interpretado pela secretaria como maus tratos, por ser um “processo normal, que faz parte do manejo”, segundo Neto.
Contudo, o produtor precisa notificar a pasta quando uma situação incomum ocorre, como morte de animais em massa.
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