Home Exportação de frangos e suínos cresce 20% entre janeiro e agosto em SC, diz Epagri/Cepa

Exportação de frangos e suínos cresce 20% entre janeiro e agosto em SC, diz Epagri/Cepa

Última atualização 11 de outubro de 2019 - 16:09:00

As exportações da carne de frango e suína cresceram mais de 20% em Santa Catarina, no acumulado entre janeiro e agosto, se comparado ao mesmo período do ano passado. O levantamento foi feito pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri/ Cepa). A informação está disponível no Boletim Agropecuário de agosto/setembro.

Apesar do crescimento no acumulado, houve queda das exportações das carnes na comparação entre o mês de agosto de 2018 e de 2019. O relatório também traz dados sobre a produção de leite e safras de arroz, feijão, soja, milho, trigo, alho e cebola.

Frango

Segundo o documento, produzido mensalmente, de janeiro a agosto, Santa Catarina exportou 909,25 mil toneladas de carne de frango, com faturamento de US$ 1,58 bilhão. Os números mostram um aumento de 20,13% em quantidade e de 24,82% no valor, quando comparado ao mesmo período de 2018.

O estado foi responsável por 34,45% das receitas brasileiras geradas pelas exportações de carne de frango nos primeiros meses do ano.

Já em agosto, a exportação de carne de frango (in natura e industrializada) sofreu queda de 39,61% na comparação com o mesmo mês em 2018.

As receitas de agosto foram de US$ 152,01 milhões, o que representa uma queda de 33,47%, na comparação com agosto de 2018.

Suíno

Com relação a carne de porco, o Estado exportou 266,08 mil toneladas entre janeiro e agosto, um aumento de 20,49% em relação ao mesmo período de 2018. O faturamento foi de US$ 530,40 milhões, uma alta de 28,09% na comparação com o ano anterior.

Santa Catarina foi responsável por 55,67% das receitas e 57,72% da quantidade de carne suína exportada pelo Brasil este ano, reforçando a posição de principal exportador do produto no país.

O estado exportou 29,30 mil toneladas de carne de porco em agosto. A queda foi de 16,59% na comparação com o mês anterior e de 22,27% em relação a agosto de 2018. O faturamento foi de US$ 62,51 milhões, queda de 16,84% em relação a julho e 2% abaixo do valor registrado em agosto de 2018.

Bovinos

No setor de carne bovina, houve queda de 11,60% em quantidade e de 21,85% em valor, na comparação entre os primeiros oito meses de 2019 e 2018. Foram exportadas, em 2019, 2,64 mil toneladas de carne bovina, com faturamento de US$ 7,47 milhões.

Hong Kong foi o destino de 54,90% da carne bovina vendida por Santa Catarina para o exterior este ano.

Leite

Quanto ao leite, a expectativa de nova e generalizada queda nos preços recebidos pelos produtores catarinenses não se confirmou. Alguns até receberam valores maiores do que os pagos em agosto. Conforme o documento, a hipótese mais provável é que isso aconteceu pelo fato da produção nacional estar com um desempenho abaixo do esperado.

Arroz

A safra 2018/19 de arroz está encerrada. Por causa do início da entressafra, o preço do produto está elevado. Cerca de 88% do grão já foi comercializado no estado.

A estimativa inicial da safra 2019/20 aponta para uma leve redução da área e aumento da produtividade.

Feijão

Quanto ao feijão, o levantamento indica nova redução de área plantada. O início do plantio está sofrendo um pequeno atraso, mas ainda não é possível afirmar a situação se deve por causa da estiagem.

Soja

A estimativa inicial para safra 2019/2020 de soja apresenta um aumento da área em 1,02% em relação à safra 2018/19. A área cultivada será de 677.388 contra 670.330 hectares da safra 2018/19.

As regiões que apresentam aumento de área são: Canoinhas, São Bento do Sul, Ituporanga e Rio do Sul.

Araranguá e Tubarão registram os primeiros cultivos nesta safra. Criciúma apresenta um aumento significativo de área, com mais de 4 mil hectares. O cultivo da soja no sul do Estado avança sobre áreas antes ocupadas com feijão, milho e até arroz.

A ampliação da área de produção da oleaginosa tem sido constante em Santa Catarina, a exemplo do que acontece no Brasil. No período entre 2012/2013 e 2019/20 (estimativa) o aumento do plantio somou aproximadamente 159 mil hectares. A produção catarinense deverá contribuir para que o Brasil alcance em 2020 a primeira colocação na produção mundial de soja.

O cultivo da soja continua sendo atrativo pela sua demanda no mercado internacional, liquidez, e expansão da fabricação de rações, óleo e biodiesel.

Milho

No caso do milho, a Epagri/Cepa estima uma redução de 1,07% de área plantada na primeira e segunda safras 2019/20. Espera-se uma área plantada de 342.442 hectares, frente a 346.111 do período anterior.

Há uma tendência de estabilização da área cultivada com o cereal no estado. A atual safra está iniciando com plantio antecipado em relação à anterior, com algumas áreas semeadas já em agosto, sobretudo aquelas localizadas no vale do Rio Uruguai e no Litoral.

No entanto, a estiagem registrada em agosto e início de setembro preocupou os produtores quanto à germinação e desenvolvimento inicial das lavouras. As chuvas registradas de 18 a 20 de setembro (de 30 a 50 mm em todas regiões do Estado) trouxe um alívio aos produtores. Melhores condições de umidade no solo proporcionam desenvolvimento normal das lavouras e viabilizam o plantio no calendário recomendado pelo zoneamento agroclimático.

Milho silagem

A área de cultivo de milho com o objetivo de produção de silagem tem apresentado um crescimento expressivo em Santa Catarina, superior a 10% ao ano.

Segundo os levantamentos da Epagri/Cepa, a área passou de 120.600 hectares em 2013/14, para 218.042h em 2018/19, crescimento de 80,8%. O plantio de milho para fins de silagem está atrelado ao desenvolvimento da atividade leiteira no estado.

As regiões de Chapecó e São Miguel do Oeste somam cerca de 50% do cultivo, o que corresponde à participação delas no total da produção de leite do estado.

Trigo

As lavouras de trigo estão acumulando prejuízos em função da estiagem prolongada. As operações de plantio foram concluídas ainda na semana de quatro a dez de agosto, período em que a falta de chuvas e as altas temperaturas castigaram as lavouras.

Na semana de um a seis de setembro as lavouras iniciaram a floração e a partir dessa fase a falta de chuvas agrava a situação. Em todo estado, até a segunda semana de setembro, cerca de 25% das lavouras já estavam em floração. Caso as chuvas retornem, os problemas poderão ser amenizados.

Alho

A safra 2019/20 de alho em Santa Catarina está em desenvolvimento vegetativo e em bom estado fitossanitário, decorrente do clima mais seco dos últimos meses. Por outro lado, as baixas precipitações têm obrigado os produtores a irrigar os cultivos, onerando os custo de produção. No mercado internacional os preços seguem em ritmo de recuperação.

Cebola

A safra catarinense 2019/20 de cebola está na fase de desenvolvimento vegetativo, sendo que, na região do Alto Vale do Itajaí, alguns materiais superprecoces já estão no período de bulbificação. A exemplo do que acontece com o alho, as baixas precipitações ocorridas nos últimos meses têm obrigado os produtores a usar a irrigação, o que eleva o custo de produção. Por outro lado, o clima mais seco tem colaborado para que as lavouras se desenvolvam em bom estado fitossanitário.

deixe seu comentário