Home Morre Edgardo Andrada, goleiro que sofreu o milésimo gol de Pelé

Morre Edgardo Andrada, goleiro que sofreu o milésimo gol de Pelé

Última atualização 6 de setembro de 2019 - 10:26:10

Goleiro do Vasco entre 1969 e 1975 e famoso por levar o milésimo gol de Pelé, Edgardo Norberto Andrada faleceu aos 80 anos.

O argentino foi revelado para o futebol no Rosário Central e defendeu o time da terra natal por nove anos. Seu papel mais importante foi cumprido na Copa América de 1963, disputada na Bolívia, onde a equipe nacional conquistou o terceiro lugar.

Embora tenha participado dos processos anteriores, não foi convocado para integrar a lista das Copas do Mundo no Chile 1962 e Inglaterra 1966. No Brasil, brilhou como arqueiro do Cruz-Maltino carioca.

Em nota oficial, O Club de Regatas Vasco da Gama lamentou o falecimento do ex-atleta, recordando que o argentino conquistou “os títulos carioca de 1970 (encerrando um jejum de 12 anos) e o título brasileiro de 1974 (o primeiro de um time carioca).

Andrada também ficou conhecido por ter sido o arqueiro que, em 19 de novembro de 1969, no Maracanã, levou, de pênalti, o milésimo gol do Rei Pelé – ainda que tenha quase defendido”. O texto da vascaína lembra que embora não fosse muito alto, “El Gato”, como era carinhosamente chamado, destacava-se pela agilidade e reposição de bola.

Em 1971, recebeu a Bola de Prata da Revista Placar como o melhor goleiro do Campeonato Brasileiro, que naquele ano estava em sua primeira edição. No futebol nacional, ainda defendeu o Vitória em 1976. De volta à Argentina, vestiu a camisa número um do Colón e aposentou as luvas em 1982, aos 43 anos quando atuava pelo Renato Cesarín.

Anos depois de se aposentar, ele foi acusado de participar do assassinato dos militantes Osvaldo Agustín Cambiaso e Eduardo Pereyra Rossi durante a ditadura militar argentina. Andrada foi identificado pelo repressor Eduardo Constanzo entre os membros do grupo encarregado de uma operação.

Quando foi convocado para testemunhar pela mesma causa em 2011, o clube em que trabalhava, Rosario Central, pediu que ele se demitisse. Em fevereiro de 2012, o juiz federal de San Nicolás, Carlos Villafuerte Ruzo, concedeu a ele a imputabilidade por falta de mérito.

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