O volume de vendas do comércio varejista de Santa Catarina cresceu 6,7% no primeiro semestre, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados na última semana. Com o resultado, o Estado teve o segundo melhor desempenho do país, atrás apenas do Amapá (8,5%) e empatado com o Espírito Santo (6,7%). A média brasileira foi de 0,6%.
Nos primeiros seis meses, três setores tiveram crescimento acima de 10%. O destaque foi para equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (34,2%). Em seguida, estão móveis (14,7%), e combustíveis e lubrificantes (14,4%).
No período, apenas duas das 11 atividades pesquisadas registraram queda. O setor de tecidos, vestuário e calçados, com -1,2%, e o setor de livros, jornais, revistas e papelaria, com -10,6%. A redução do têxtil é atribuída ao inverno pouco rigoroso no Estado.
“Apesar do crescimento, é um resultado de estagnação do comércio catarinense. Em 2019, ainda não atingimos níveis do que se pode dizer de recuperação sustentada do comércio, do que se via antes de 2014”, disse o economista da Fecomércio/SC, Luciano Córdova.
Das 27 unidades federativas, 16 apresentaram resultados positivos e 11, negativos. Para Córdova, a segunda colocação no país conquistada por Santa Catarina é consequência de um mercado interno diversificado em várias atividades econômicas, da menor taxa de desemprego do país, e de maior acesso ao crédito, fruto do mercado sólido de cooperativas.
Ele acredita que a liberação do FGTS dará fôlego ao setor no segundo semestre. “Será um alento, mas não é uma medida efetiva a longo prazo. O consumidor ainda está retraído e cauteloso, com muitas incertezas quanto ao futuro da economia. Isso faz com o que comércio não deslanche de maneira efetiva e duradoura”, afirmou.
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