O Hospital Regional do Oeste (HRO) está superlotado, sendo que, dos 293 leitos disponíveis, cerca de 90% está ocupado.
O período de mudanças de temperaturas, enfrentado nos últimos dias, contribuiu para o aumento de pacientes que buscam atendimento na unidade hospitalar. Cirurgias eletivas precisaram ser canceladas por causa da falta de leito.
Segundo informações do HRO, dois pacientes que seriam submetidos à cirurgia tiveram o procedimento suspenso, devido à falta de leito pós-operatório.
Além disso, cerca de 21 pacientes estão internados no Pronto Socorro do hospital, pois não há espaço no setor de internação.
O diretor geral do hospital, Osmar Arcanjo de Oliveira pontua que a situação da superlotação é um problema antigo e acontece porque o HRO atende no limite da capacidade instalada.
“Quando ocorrem esses períodos de mudanças de temperatura, muitas pessoas acabam internadas no hospital para tratar questões de imunidade baixas, que são casos de menor complexidade. Esse fator contribui para a superlotação”, explica.
Ao atender essa demanda, e como opera no limite da capacidade, outros serviços acabam comprometidos no hospital.
Medidas
Na tentativa de minimizar a situação, a orientação do diretor é que a população busque primariamente o atendimento nos postos de saúde dos bairros, também na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no bairro residente Médici ou o Pronto Atendimento (PA), do bairro Efapi.
As unidades possuem a capacidade de atender e tratar casos menos graves. Conforme Osmar, a população deve ir ao hospital em casos de urgência e emergência. O diretor destaca que isso não resolve o problema, mas ajuda a minimizar.
Outra medida, que é discutida junto com as Secretarias de Saúde do Estado e dos municípios da região, é a elaboração de um cronograma de ocupação da ala nova do hospital. Conforme ele, na próxima semana já deve ter novidade sobre o assunto.
Regionalização
O diretor destaca ainda que uma alternativa – estudada junto com as entidades competentes – é a regionalização dos atendimentos, pois há hospitais da região, de menor porte, com a capacidade ociosa e que pode ser ocupada.
A regionalização permitiria que o paciente deixasse de ser paciente do hospital e passe a ser paciente do sistema de saúde, com isso seria encaminhado para outras unidades hospitalares.
“Se a doença do paciente tem a possibilidade de ser cuidada, por exemplo, no hospital de Coronel Freitas onde têm leitos vagos, ele passará a ser internado em Coronel Freitas, Xaxim, ou outro município que tem um hospital de menor porte com capacidade. Deixaria o Hospital Regional somente para questões de maior complexidade e de urgências que demandam uma tecnologia maior para resolver o problema”, pontua.
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