Em café da manhã com jornalistas na manhã desta sexta-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que não deve autorizar o horário de verão neste ano. O adiantamento nos relógios em grande parte do Brasil estava programado para voltar a acontecer em outubro. “Já está quase certo de que não haverá mais horário de verão”, disse.
O objetivo da ação é aproveitar melhor a luz do sol durante o verão e evitar o sobrecarregamento do sistema elétrico em horários de pico. Mas também é alvo de críticas.A decisão foi baseada após um estudo realizado pelo Ministério de Minas e Energia que identificou uma “distribuição” do consumo durante todo dia, com o pico ocorrendo no meio da tarde, e não mais no começo da noite.
Dados do Ministério de Minas e Energia e do Operador Nacional do Sistema (ONS) mostram que, embora haja um alívio aos cofres da União pela adoção do horário de verão, essa economia vem diminuindo. Em 2013, por exemplo, foram poupados R$ 405 milhões o equivalente a 2.565 megawatts. A partir daí, a economia só diminuiu: no ano passado, esse número caiu para cerca de R$140 milhões.
O Horário de Verão foi adotado pela primeira no Brasil em 1931 e está em vigor, sem interrupção, há 35 anos. Em 2017, houve uma grande discussão sobre manter ou extinguir o horário de verão. Na ocasião, a Presidência da República recebeu um documento que mostrava que o horário de verão “deixou de se justificar pelo setor elétrico”, mas ressaltando que a manutenção do modelo ainda exige uma avaliação mais ampla.
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