As exportações de soja, incluindo grão, farelo e óleo, dos portos catarinenses tiveram um aumento de 58% nos dois primeiros meses de 2019, com 229,5 mil toneladas, contra 145 mil toneladas do mesmo período do ano passado.
Cerca de 80% foi para a China.
Em faturamento o crescimento foi menor, de 45%, passando de US$ 58 milhões para US$ 85 milhões. Essa diferença foi causada por uma redução de preço de cerca de 7% no mercado internacional.
O secretário de Agricultura de Santa Catarina, Ricardo Gouvêa, destacou que os produtos do agronegócio lideram a pauta de exportações catarinenses.
— O agronegócio de Santa Catarina vem demonstrando sua força e conquistando o mercado internacional. O setor responde por grande parte das exportações catarinenses, com destaque para as carnes e agora os produtos do complexo soja. Sinal de que estamos no caminho certo, de que os produtos catarinenses são reconhecidos pela sua qualidade e pelo profissionalismo dos nossos agricultores — disse Gouvêa.
O frango responde por cerca de 20% das exportações, a carne suína por mais de 7% e, o complexo soja, por quase 7%.
A perspectiva para março não é tão otimista segundo o engenheiro agrônomo do Centro de Socieconomia e Planejamento Agrícola da Epagri, Haroldo Tavares Elias.
Uma delas é a promessa de compra de 10 milhões de toneladas dos Estados Unidos pela China, após uma trégua na guerra comercial entre os dois países. Outro motivo é a previsão de crescimento de 10 milhões de toneladas na safra da Argentina.
Em relação à safra de Santa Catarina a previsão é de 2,42 milhões de toneladas, um recuo de 1,4%, causado por uma redução de 3,3% na área cultivada, que foi de 661 mil hectares.
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