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Santa Catarina registra 129 roubos de cargas em 2017

Última atualização 18 de julho de 2017 - 08:52:06
A média de assaltos de cargas em Santa Catarina cresceu em 2017. Segundo o levantamento da FederaçÃo das Empresas de Transporte de Carga e Logística do Estado (Fretancesc), foram 129 roubos somente nos primeiros seis meses do ano.
E, se o índice de 1,4 assaltos a cada dois dias permanecer assim, SC irá superar a marca do ano passado, quando 248 ocorrências do tipo foram no Estado.
No relatório de violência da Fretancesc, a BR-470 e 101 estÃo entre as rodovias em que há maior índice de roubo. Já Vale do Itajaí e Norte de SC sÃo as regiões em que mais há concentraçÃo de ocorrências. Segundo o presidente da Frantancesc, Ari Rabiolli, nessas áreas os produtos como carnes nobres, bebidas e materiais usados para produçÃo de plástico sÃo os procurados pelas quadrilhas.
— Eles roubam coisas caras, produtos nobres e importantes para o Estado. É prejuízo para todo mundo. Além do comércio ser ilegal e perigoso, pois nÃo se sabe direito por onde passou o produto ou como foi armazenado, o Estado deixa de recolher impostos — pontuou.
E para tentar diminuir os roubos a cargas, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) pretende implantar uma divisÃo especializada nesse tipo de crime. A expectativa, segundo Ari, é de que até dezembro policiais estejam atuando no Estado.
— Ainda nÃo sei quantos policiais serÃo. Só posso dizer que eles vÃo se formar no final do ano e devem ir para as regiões em que temos mais crimes — disse.
Projeto de lei quer cassar empresas que usem produtos oriundos de roubo
Além da iniciativa da SSP, a Alesc também trabalha para inibir o crime no Estado. Segundo o presidente da Fetrancesc, tramita no legislativo estadual desde o começo do ano um projeto de lei que busca cassar a inscriçÃo de empresas que forem flagradas comercializando produtos furtados. Inspirada em legislações de SÃo Paulo, Paraná e Espirito Santo – estados em que é constante a notícia de roubo de cargas – a lei também prevê que empresas flagradas nesse tipo de crime fiquem impossibilitadas de atuar na área por cinco anos, além de multa de duas vezes sobre o valor do produto irregular. Segundo
— A lei vai ajudar a inibir essa prática. Estamos acompanhando de perto a discussÃo na Alesc e esperamos que seja votada o quanto antes. Essa iniciativa vai trazer mais segurança para o motorista também — disse Ari.
Perfil das quadrilhas
Segundo o levantamento da Fetrancesc, as quadrilhas que praticam os assaltos no Estado se especializam para roubarem produtos específicos. Além disso, a maioria dos grupos utilizam armamento pesado, mas normalmente nÃo há uso da força. Na maioria dos crimes, cerca de 80%, os assaltantes acabam devolvendo os veículos. No restante, segundo Ari, os caminhões acabam sendo enviados para desmanches:
— Para cada produto existe uma quadrilha especializada. E eles sempre usam um armamento pesado, mas o índice de violência contra os motoristas é pequeno.

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