Cia ContaCausos apresenta “Puravida” nesta sexta-feira (05)
Última atualização 2 de maio de 2017 - 14:52:42
Junte um fio daqui, uma agulha de lá, outros rolos de linha de algum lugar e, de repente, um manto é tecido. Poderíamos dizer que as histórias sÃo como os tecidos: emaranhados de memórias trançadas entre si que tomam forma no encontro afetivo.
É sob essa atmosfera que Josiane Geroldi, da Cia ContaCausos, reuniu histórias que evocam os saberes populares ligados à figura feminina e criou o repertório “Puravida”. Na próxima sexta-feira (28), às 19h30, a convite do Grupo de Apoio à PrevençÃo da AIDS (GAPA) de Chapecó, a apresentaçÃo será realizada pela contadora na exposiçÃo “Violência Contra a Mulher: Um Olhar Anterior”, organizada pelo GAPA.
“Eu tenho feito leituras sobre o ‘feminino’, mulheres sábias e ancestralidade há um bom tempo. E essas histórias me tocavam de forma muito profunda”, conta Josiane. Segundo ela, o convite para realizar a sessÃo de contos coincidiu com o momento que vive e, por consequência, surgiu a oportunidade de “materializar” nesta montagem as narrativas que a acompanhavam.
Na última sexta-feira (28 de março), ContaCausos e GAPA decidiram aderir à Greve Geral como forma de apoio às manifestações populares contra reformas (Trabalhista e Previdenciária) propostas pelo atual governo. O período de exposiçÃo foi estendido e a sessÃo mantida.
Conhecimentos partilhados
Para Josiane, que tem vivido um processo de entendimento como contadora de histórias e mulher, de procurar quem ela é o que quer dizer enquanto artista, “Puravida” condensa experiências pessoais, a pesquisa desenvolvida e um compromisso artístico. “Eu senti a necessidade de fazer com que as pessoas também se encontrem através das histórias, assim como eu tenho o feito”, revela a contadora, que recebeu doaçÃo voluntária de inúmeros crochês, tricôs e linhas para compor o cenário.
As narrativas de “Puravida” falam essencialmente sobre mulheres empoderadas, estabelecendo a figura feminina como protagonista da açÃo, onde ela resolve situações de sua comunidade e é detentora de conhecimentos, distanciando a mulher do papel fantasiado em que ela espera pelo príncipe.
O evento tem entrada franca e será realizado na Galeria Municipal de Arte, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nês. O número de ingressos é limitado, por isso a recomendaçÃo é chegar com uma hora de antecedência para retirá-los. Além disso, a classificaçÃo indicativa do espetáculo, que encerra e exposiçÃo em Chapecó, é de 10 anos.
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