Em relaçÃo à previdência, duas leis mudaram o modelo catarinense com o objetivo de reduzir o déficit previdenciário. Uma elevou a contribuiçÃo dos servidores de 11% para 14% e do Estado de 22% para 28%, de forma gradual, até 2018. Essa medida já vem gerando economia efetiva aos cofres públicos. A outra criou uma fundaçÃo de previdência complementar, a SCPrev.
Outra questÃo desgastante em 2016 foi a renegociaçÃo das dívidas dos estados com a UniÃo. O Governo de Santa Catarina foi protagonista neste processo. No início do ano, Santa Catarina recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a cobrança de juros compostos e o resultado foi um novo acordo de renegociaçÃo da dívida, firmado em junho, garantindo fôlego financeiro aos estados. Com a proposta, todos tiveram um desconto de 100% da dívida no segundo semestre de 2016, quando a crise chegou ao seu ápice. Além disso, Santa Catarina deixará de pagar R$ 2,1 bilhões até junho de 2018.
Colombo voltou a defender a urgência de reformas nacionais para proteger a economia do país, como a da previdência, a reforma política e a reforma trabalhista. “É preciso encontrar mecanismos de transiçÃo para um novo modelo de estado, tirar o que nÃo serve e preservar tudo o que há de bom para avançarmos. A democracia é o melhor sistema que existe, e o pressuposto da liberdade é a sua alma, o que precisa ser preservado. Mas existe também uma exigência essencial para a democracia que é a responsabilidade. Se nÃo, o regime democrático nÃo sobrevive. E é disso que precisamos agora, de responsabilidade, de bom senso, de diálogo e coragem para tomar as medidas que permitam que a economia volte ao patamar de segurança e depois retome o crescimento”, discursou.
A reuniÃo foi comandada pelo presidente da Fiesc, Glauco Côrte, que agradeceu ao governador pelo empenho no equilíbrio das contas do setor público e pela postura de nÃo aumentar impostos em Santa Catarina. “A indústria de Santa Catarina está ao seu lado para promover um estado cada vez mais competitivo para garantir a força das nossas empresas e a atraçÃo de novos investimentos”, destacou. O governador Colombo agradeceu ao importante trabalho de todos os empresários catarinenses no enfrentamento à crise e elogiou o papel da Fiesc em ser uma federaçÃo que busca influenciar o processo com propostas de melhorias. “É muito bom ter quem nos ajuda a querer reconstruir, a propor e a melhorar”, afirmou. A entidade, que congrega 141 sindicatos, representa a força da indústria catarinense, composta por mais de 50 mil empresas, nas quais trabalham mais de 800 mil pessoas. O setor é responsável por um terço da riqueza gerada em solo catarinense.
Antes da palestra, o governador Colombo também conheceu alguns projetos de inovaçÃo para produtos e serviços da cadeia produtiva da industria de transformaçÃo, realizados por alunos do sistema Sesi que estavam em exposiçÃo na Fiesc. E elogiou o trabalho da entidade e o empenho de todos os estudantes.
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