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Caibi tem mais de 100 casos de Hepatite tipo B

Última atualização 5 de agosto de 2016 - 14:26:13
CAIBI – A regiÃo Oeste de Santa Catarina é endêmica para hepatite. Em Caibi em específico, a maior incidência de casos notificados é de hepatite do tipo B. A regiÃo foi colonizada pelos descendentes de italianos e alemÃes vindos principalmente do Rio Grande do Sul. Essas pessoas vieram de regiões com incidência da doença e como nÃo havia tratamento a situaçÃo se alastrou. “Um dos motivos está relacionado com a ausência da vacina para hepatite B, que só começou a vigorar no ano de 1995 no nosso estado”, informa a responsável pelo setor da Vigilância Epidemiológica de Caibi, Edimara Conte Portes.
O paciente ao chegar à unidade de saúde com exame de HBS Ag reagente, é de imediato encaminhado ao setor de epidemiologia para a notificaçÃo e orientações. Após seis meses da comprovaçÃo é preciso refazer o exame para saber se permanece reagente a hepatite. Caso sim é considerado portador crônico. “Este paciente será monitorado pela equipe do setor epidemiológico, sendo que a cada seis meses serÃo realizados exames e uma vez por ano realizado o exame da carga viral e se necessário encaminhamento para profissionais especializados”, acrescenta Edimara.

O QUE É HEPATITE?

É uma inflamaçÃo do fígado, causada por um vírus, mas que geralmente também pode ser provocada pelo abuso de bebida alcoólica e por reaçÃo indesejada de alguns medicamentos. É uma doença silenciosa que nem sempre apresenta sintomas, por isso dos diversos casos de pessoas que nÃo sabem que tem hepatite. A doença está subdividida em A, B e C. As três sÃo as principais e com maior incidência na populaçÃo.
Hepatite A: transmitida pela ingestÃo de água ou alimentos contaminados por fezes de pessoas infectadas pelo vírus. Para prevenir é preciso lavar as mÃos frequentemente, lavar bem os alimentos crus, cozinhar bem alimentos, principalmente frutos do mar.
Hepatite B: transmitida pelo sangue ou nas relações sexuais sem preservativo. É possível pegar a doença por meio do compartilhamento de objetos, como agulhas, seringas, lâminas de barbear, materiais cirúrgicos, odontológicos ou de manicure sem adequada esterilizaçÃo. As gestantes portadoras do vírus tipo B pode transmitir ao bebê, por isso a importância do teste e vacinaçÃo da gestante. Já o recém-nascido deve tomar a primeira dose da vacina contra hepatite B.
Hepatite C: transmitida pelo sangue, por meio do uso de drogas com compartilhamento de seringas, agulhas ou canudos. Quem recebeu transfusÃo de sangue ou hemoderivados antes de 1993, deve fazer o teste. Já a transmissÃo sexual é menos frequente.
A prevençÃo do tipo B e C é a vacinaçÃo contra a hepatite B e o nÃo compartilhamento de objetos. É preciso assegurar que os materiais usados para tatuagens e piercings sejam totalmente descartáveis. Deve-se utilizar material de manicure individual e esterilizado e o uso de preservativo nas relações sexuais.


MÉDIA DE PACIENTES COM HEPATITE

De acordo com a Vigilância Epidemiológica de Caibi, há no município 140 casos de hepatite tipo B, desses, 103 sÃo acompanhados pela unidade com exames, já em tratamento com medicaçÃo sÃo 14. Desde o início do ano, até o mês de julho foram realizadas 297 coletas. Nos últimos seis anos foram notificados 62 casos da doença em Caibi.
Com esses número, o setor organizou de 25 a 29 de julho a Semana de Luta Contra Hepatites. O público alvo foi a populaçÃo na faixa etária acima de 33 anos, pois este grupo na grande maioria nÃo está vacinado. Teve pedágio com orientaçÃo e entrega de panfletos educativos sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s). Visitas com orientaçÃo e agendamento de preventivo de colo uterino e exames em estabelecimentos como boates.
Conforme Edimara, na semana de luta também foi ofertada a populaçÃo os exames de teste rápido de HIV, sífilis e hepatites. Ela informa que o resultado do exame ficava pronto em 30 minutos, facilitando a procura pela agilidade do resultado. Foram realizados 55 testes para Hepatite B, sífilis 15 e HIV 15. Dessas coletas, dois casos foram confirmados para Hepatite B, sífilis também dois e HIV um.
A profissional ainda ressalta que foi iniciado o esquema de vacinaçÃo em 53 pessoas, destas o exame deu negativo para hepatite. “Gostaríamos de ressaltar de que a partir do ano de 2015 o Ministério da Saúde liberou vacina para Hepatite B para todas as faixas de idade”.

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