Procedimento para varizes menos invasivo e doloroso
Última atualização 29 de março de 2016 - 15:38:58
Promovido pelo Hospital SÃo Rafael (HSR), em parceria com o Instituto Vascular e Endovascular da Bahia e a Secretaria Saúde de Salvador, o XIII Curso de Escleroterapia com Espuma reuniu cerca de 50 especialistas da área de angiologia e cirurgia vascular de 20 estados diferentes.
Os profissionais tiveram a oportunidade de aprender a aplicar a técnica que evita anestesia, cortes e internamento no tratamento de varizes. Segundo o cirurgiÃo vascular Dr. Fernando Bonetto Schinko, que participou do curso, a principal substância utilizada na escleroterapia com espuma é o polidocanol, que faz uma espécie de “queimadura” química das veias varicosas.
No curso, coordenado pelo cirurgiÃo vascular Marcelo Liberato, foram abordados temas voltados à técnica, à terapia compressiva e os cuidados com as úlceras venosas, assim como a atençÃo integral ao paciente com doença venosa crônica. Além do aprendizado dos médicos e enfermeiros, o curso beneficiou dezenas de pacientes, que foram tratados durante o evento.
“O polidocanol na forma de espuma tem mais potência e por isso é utilizado no tratamento. Ao ser injetada, a espuma entra em contato com a camada interna da veia (endotélio), causando desidrataçÃo imediata e descamaçÃo”, explica Bonetto. A técnica expõe a camada muscular da veia, o que vai “destruir” as varizes e fazê-las desaparecer.
Este procedimento é muito difundido em países da Europa e nos Estados Unidos, em virtude de sua praticidade (tanto para o médico quanto para o paciente). A técnica utilizada por Bonetto é semelhante à que foi ensinada no curso. Inclusive, como ele explica, a participaçÃo em eventos é essencial para o aperfeiçoamento profissional, ao se aproximar das inovações do mercado.
Menos invasivo, mais prático
A aplicaçÃo da escleroterapia com espuma pode ser realizada em qualquer pessoa desde que nÃo esteja grávida ou amamentando, alérgica ao produto, tenha trombofilia (propensÃo de desenvolver trombose), enxaqueca ou ter ComunicaçÃo Interatrial (ocorre quando existe um orifício entre as duas cavidades do coraçÃo).
Conforme esclarece Bonetto, essa é uma boa opçÃo a quem nÃo quer ou nÃo pode submeter-se à uma operaçÃo cirúrgica, justamente por ser um procedimento pouco invasivo, sem necessidade de cirurgia. “Todo o processo leva cerca de 15 minutos e nÃo tem aplicaçÃo de anestesia ou recuperaçÃo. O paciente recebe duas a três punções com agulha, aguarda pelo efeito, pratica uma pequena caminhada ainda no consultório e depois é liberado”, completa o médico.
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