Exames confirmam relação de casos de diarreia com virose
Última atualização 5 de fevereiro de 2016 - 11:04:08
Do início do ano até a primeira semana de fevereiro, a Vigilância Epidemiológica de Florianópolis identificou, por meio do Monitoramento das Doenças Diarreicas Agudas, um aumento acima do esperado para o atual período do número de atendimentos por casos de diarreia no município. Na última segunda-feira, 1º de fevereiro, foram divulgados os primeiros resultados das análises para vírus, com identificaçÃo positiva para Norovírus, confirmando a suspeita de virose.
Também foi realizada uma investigaçÃo epidemiológica nas Unidades de Pronto Atendimento Norte e Sul, com o apoio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) da Secretaria de Estado da Saúde. Foram coletadas amostras clínicas para pesquisa de bactérias e vírus. As amostras de bactérias tiveram resultados negativos.
“O Norovírus é a maior causa de gastroenterite humana aguda nÃo bacteriana relacionada à transmissÃo por água e alimentos e às aglomerações humanas. Apresenta predominância nos meses quentes e úmidos do VerÃo, ao contrário do Rotavírus, que tem maior frequência nos meses secos e com temperaturas amenas”, explica a bióloga Fernanda Rosene Melo, chefe da DivisÃo de Doenças de TransmissÃo Hídrica Alimentar da Dive.
O Norovírus pode ser transmitido diretamente de pessoa para pessoa via fecal-oral, e também por via aérea, como nos casos de vômitos violentos que ocorrem durante a doença. Pode ocorrer, também, por meio de contaminaçÃo de águas subterrâneas ou por água de recreaçÃo ou consumo contaminada por fossa séptica ou sistema de cloraçÃo deficiente.
A norovirose atinge adultos e crianças, e é altamente contagiosa. Por esse motivo, a transmissÃo de pessoa para pessoa pode contribuir para a disseminaçÃo do surto. É caracterizada por náuseas, vômitos, diarreias, dores epigástrica e abdominal, com duraçÃo de um até quatro dias. Normalmente os sintomas têm início de 24 a 48 horas após a ingestÃo de alimento ou água contaminada.
NÃo existe tratamento específico para o Norovírus. Ao menor sinal de mal-estar, a pessoa deve procurar um médico, hidratar-se bastante (com água e água de coco) e manter repouso, evitando ambientes lotados e, também, o sol forte. Caso haja casos na família, os cuidados devem ser intensificados.
“Pedimos à populaçÃo que redobre os cuidados de higiene e com o consumo de água e de alimentos. O Serviço de Vigilância do município está intensificando o trabalho de inspeçÃo para evitar surtos e garantir a prevençÃo e medidas necessárias para manter e controlar a saúde da populaçÃo no que se refere às situações já mencionadas”, complementa Fernanda.
Medidas de prevençÃo
– Lave as mÃos com água limpa e sabÃo. Também vale ter uma garrafinha de álcool em gel para as situações de emergência;
– Lave bem as mÃos e os alimentos antes de manipulá-los;
– Utilize água filtrada ou fervida para preparar alimentos;
– Só consuma alimentos em lugares onde a procedência é segura;
– Lembre-se de higienizar latinhas de cerveja ou de refrigerante, afastando os riscos de contaminaçÃo pelo armazenamento inadequado;
– Limpe todas as superfícies com hipoclorito a 2%, pois o Norovírus persiste em superfícies inanimadas secas por até 7 dias;
– Esterilize mamadeiras e chupetas.
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