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Radar meteorológico do Oeste deve entrar em operação em 2016

Última atualização 16 de novembro de 2015 - 10:01:38
Um dia após o anúncio da escolha pelo Morro da Antena, em Chapecó, para receber o novo radar meteorológico do Estado, o secretário de Defesa Civil, Milton Hobus, afirmou nesta sexta-feira que o equipamento só deve entrar em operaçÃo no segundo semestre de 2016. Hoje, o processo ainda se encontra na parte burocrática, com previsÃo para lançamento do edital ainda este ano.

Segundo Hobus, a escolha pelo Morro da Antena se deu por conta de diversos fatores, como o fácil acesso, a baixa interferência no sinal e a boa localizaçÃo, que abrange toda a regiÃo Oeste de Santa Catarina.

— O novo radar vai nos dar um ganho operacional muito grande. Vai fazer uma varredura completa das tempestades que chegam pelo Rio Grande do Sul, Argentina e Paraguai — afirmou Hobus.

Ainda de acordo com o secretário, a previsÃo é que o radar do Oeste entre em operaçÃo junto com o futuro Centro de Monitoramento, Alerta e Gerenciamento de Desastres de Santa Catarina, que está em construçÃo na regiÃo continental de Florianópolis. Além disso, o Estado também estuda a compra de um terceiro radar. Este equipamento, no entanto, deve ser móvel e de curto alcance, mas com alta precisÃo e captaçÃo minuciosa.

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

O radar de Chapecó deve ser semelhante ao de Lontras, de Banda S, já em operaçÃo. O raio de alcance total será de 400 quilômetros, com monitoramento quantitativo de chuvas, neve e granizo em até 240 quilômetros, abrangendo partes do Paraná e Rio Grande do Sul.

— É um equipamento de monitoramento para o curtíssimo prazo, de 2 a 3 horas. Ele emite pulsos eletromagnéticos que interagem com os hidrometeoros ( chuva, neve ou granizo). Assim, ele ajuda a quantificar essa informações e pode estimar a taxa de precipitaçÃo para o período — afirma Frederico Rudorff, gerente de monitoramento e alerta da Defesa Civil Estadual.

Ainda segundo Rudorff, a semelhança com o radar de Lontras (ambos sÃo Banda S, com dupla polarizaçÃo) pode facilitar na reposiçÃo de peças sobressalentes e até mesmo diminuir o custo de manutençÃo, já que existe um conhecimento técnico anterior.

— Ele vai ajudar a compor uma rede de monitoramento do Sul do Brasil. Fecha toda a rede, junto com os dois radares do Paraná e os outros dois do Rio Grande do Sul — diz.

Para o secretário Hobus, o investimento faz parte de um aprimoramento do sistema de prevençÃo de Santa Catarina, que se faz cada vez mais necessário.

— Somos um Estado que vive e vai continuar vivendo adversidades por conta do clima. Precisamos aprimorar o sistema de prevençÃo e alerta da populaçÃo — afirma.


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